Falando sobre Inteligência Emocional



Inteligência Emocional: essa habilidade quando bem trabalhada facilita o bom relacionamento entre as pessoas, melhora a interação, o entendimento e a comunicação. Ao desenvolvermos nossa IE, melhoramos nossa saúde física e mental. A ciência já comprovou que doenças cardíacas, câncer, depressão e distúrbios psicológicos têm relação direta com sentimentos não trabalhados corretamente por nós. Um exemplo clássico é o herpes labial, que pode nos acometer quando passamos por períodos de estresse.

De acordo com Goleman, a inteligência emocional pode ser subdivida em cinco habilidades específicas:

1. Autoconhecimento emocional.
2. Controle emocional.
3. Automotivação.
4. Empatia.
5. Habilidades sociais

1. Autoconhecimento: é nossa capacidade de reconhecer e compreender nosso humor, emoções e impulsos, bem como seus efeitos sobre os outros.

Para melhorar o autoconhecimento emocional é necessário que observemos nossos próprios comportamentos, sejam em acontecimentos bons ou ruins, avaliando quais são os gatilhos para eles, nossas reações, quais nossos pensamentos, sentimentos e ações. Seguem algumas dicas para nos ajudar no autoconhecimento:

• Observe e anote suas tendências e comportamentos.
• Divida esses pontos com um conselheiro, parente ou amigo de confiança. Discuta e confirme com ele.
• Avalie se sua auto percepção é realista em comparação com a visão que os outros têm de você.
• Pense em situações em que poderia usar melhor suas forças para minimizar suas vulnerabilidades.
• Crie planos de ação para desenvolver as áreas onde você deseja melhorar, em casa e no trabalho, e reveja-os regularmente.
• Peça feedbacks sobre sua evolução.
• Trabalhe seu autoconhecimento, hoje existem ferramentas para nos ajudar nesse sentido.

Existem exercícios que podem nos ajudar nesse processo: controlar a respiração, meditar, caminhar, correr ou seja atividades que nos auxiliam na redução do estresse.

Temos que nos conscientizar que o autocontrole é uma virtude que nos impede de cometer excessos, porém, temos que ter claro que nosso objetivo é o equilíbrio, não a supressão das emoções, mas o controle delas.

2. Controle Emocional: nossa habilidade de controlar ou redirecionar impulsos e humores negativos, bem como a propensão a suspender pré-julgamentos para pensar antes de agir ou falar.

Nos dias de hoje somos muito exigidos a todo momento, temos que lidar com questões do dia a dia, e não raro, temos que ter soluções rápidas. A pressão pode ser externa, daqueles com quem nos relacionamos no trabalho, família ou sociedade, ou ainda interna, pois nós mesmos nos cobramos muito. Algumas dicas para melhorar seu controle emocional:

• Exercite-se regularmente para administrar suas emoções e relaxar o corpo e a mente.
• Respeite seus limites.
• Cuide da sua saúde.
• Tenha momentos de descanso, de reflexão e lazer
• Faça coisas que te tragam prazer, exercite seus hobbies.
• Pense em maneiras de expressar emoções de um jeito mais autêntico.
• Não tenha medo de se expressar - seja assertivo.

3. Automotivação: paixão pelo trabalho e pela vida que vão além da busca por conhecimento, harmonia, dinheiro, ajudar os outros, etc. A automotivação é o desejo interior para perseguir objetivos com energia e persistência, buscar nossa evolução, pois nascemos para ser pessoas melhores.

É preciso saber o que queremos, onde queremos chegar e como, tendo a consciência que não são etapas fáceis, mas que podemos. É necessário colocar foco e energia para progredir moral, física e espiritualmente. Para isso:

• Defina metas específicas, com prazos e indicadores de sucesso.
• Esclareça por que os objetivos definidos são importantes para você.
• Pergunte-se não apenas “Quais são meus objetivos? ”, mas também “Por que escolhi esses objetivos? ”.
• Reserve um tempo para trabalhar por seus objetivos, todos os dias, mesmo que seja por cinco minutos.
• Revise essa lista de objetivos e deixe-a em um local onde possa vê-la com frequência.
• Visualize quais seriamos resultados concretos de atingir seus objetivos.
• Celebre cada sucesso, seja grande ou pequeno.
• Aprenda com seus erros.
• Inspire-se em pessoas que usam a motivação interna para superar os obstáculos no caminho de seus sonhos.

4. Empatia: Nossa visão do mundo depende da referência do eu versus o outro, a empatia é a habilidade da inteligência emocional, que permite que você se coloque no lugar do outro para experimentar a sua dor, não com seus valores, mas com os valores do outro, sem, no entanto, deixar de reconhecer que aquela dor não é sua; portanto não lhe pertence.

Resumindo: é nossa capacidade de compreender as emoções das outras pessoas e como nossas palavras e ações irão impacta-los. Para desenvolver sua empatia:

• Tente prever e compreender as reações emocionais das outras pessoas antes de expressar seu ponto de vista.
• Observe seu comportamento não verbal para avaliar as emoções das outras pessoas.
• Antes de agir, analise e compreenda a situação no ponto de vista do outro.
• Use e melhore sua “escuta ativa”.
• Demonstre real interesse pelo sucesso do outro.
• Ofereça ajuda a quem se relaciona, mas tenha o cuidado de entender realmente o que eles estão buscando e o que você pensa que eles precisam.

5. Habilidades Sociais: Nossas habilidades sociais definem nossa capacidade de se relacionar com os outros. Elas estão intimamente ligadas as minhas habilidades para influenciar as emoções alheias, através da capacidade de administrar relacionamentos e construir redes sociais Tratam-se de competências-chave para o exercício da liderança e também estratégicas para nossa projeção no ambiente de trabalho ou social.

Podemos citar algumas habilidades sociais importantes para nos avaliarmos e desenvolver:

Influência – Como eu trabalho meus relacionamentos e tenho capacidade de convencer e mobilizar os outros? Para isso é preciso que:
o Ter consciência de como o seu estado de espírito influencia o dos outros.
o Crie oportunidades de estar próximo dos outros, deixando-os à vontade com a minha presença.
o Leve em consideração os sentimentos, interesses e barreiras dos outros para poder entende-los e assim negociar com melhores argumentos.

Gerenciamento de conflitos – Capacidade de mediar e solucionar diferenças:

• Tenha tato e diplomacia para lidar com pessoas em situações tensas.
• Ouça todos lados, identifique os pontos de discordância e trabalhe para solucioná-los.
• Valorize a diversidade de opiniões e aproveite o que cada um tem de melhor.
• Promova um clima amistoso de colaboração.
• Seja um agente de mudanças – iniciando ou facilitando para que elas aconteçam.
• Perceba as necessidades e oportunidade para mudanças.
• Trabalhe com as pessoas para mostrar a importância das mudanças e com isso ganha apoiadores nos projetos.
• Identifique e alimente oportunidades de colaboração.

Boa comunicação – para compartilhar informações e ideias. Para isso você precisa:

• Saiba ouvir os outros com atenção e serenidade (escuta ativa).
• Divida informações abertamente.
• Seja claro nas mensagens, de modo que os outros entendam.
• Adeque sua mensagem no nível do entendimento de quem a recebe.
• Mantenha os canais de comunicação abertos tanto para boas como más notícias.

Liderança – para inspirar e conduzir indivíduos ou grupos a resultados superiores. É necessário:

• Motive as pessoas e desperte nelas comprometimento em trabalhar por um objetivo.
• Facilite o desenvolvimento dos outros e guia seus desempenhos.
• Assuma a responsabilidade pelos seus atos e de seus colaboradores.
• Seja um “role model”, ou seja, um exemplo de conduta para as pessoas.
• Busque e aceitar estabelecer relacionamentos mutuamente benéficos

Ser inteligente não é apenas ter um QI dos mais altos. Para aplicar o alto intelecto e ter maiores chances de sucesso, é importante também trabalhar os conhecimentos com o controle emocional. Entender os bons e maus momentos, saber lidar com as pessoas, antecipar quando haverá crises e problemas dos mais diversos é necessário. Daniel Goleman desnuda didaticamente como todo esse complexo sistema funciona e nos ajuda a ir adiante. Não basta saber todas as informações: a inteligência emocional é tão ou até mais importante quanto a intelectual!

Nossas emoções são essenciais, pois conduzem a maneira como vivemos e tomamos decisões, nos servindo de fontes indispensáveis de orientação, motivação e força de vontade. Por outro lado, as emoções podem nos fazer agir de forma irracional. Aí está a importância da inteligência emocional, que talvez seja o fator mais importante para nos ajudar a ter uma vida com mais sentido, saudável e bem-sucedida. Comparada com o QI, a IE é um indicador melhor de sucesso pessoal, social, financeiro e profissional. E, ao contrário do QI, nós podemos elevar nossa inteligência emocional ao decorrer de nossas vidas.

Fonte: Administradores