3 comportamentos que acabam com sua produtividade e você nem sabe



Uma das grandes queixas dos empreendedores que passam pelo Processo Hoffman todos os anos é a falta de produtividade. Em suma, eles relatam que ficam sobrecarregados de atividades, que muitas vezes não conseguem delegar funções para suas equipes, que perdem tempo em reuniões sem fim (e sem os resultados esperados) e que, quando o dia chega ao fim, têm a sensação de que não fizeram nada do que pretendiam.

Mas a falta de produtividade não é uma realidade exclusiva dos empresários e/ou da vida profissional. Há quem sofra esse desgaste também na vida pessoal, porque, em meio a uma rotina atribulada, ainda não conseguiu ler aquele livro que desejava, assistir àquela peça que está quase saindo de cartaz, colocar os estudos em dia, livrar-se de roupas e objetos que estão sem uso, enfim...

Se você também se sente assim, deixe-me dizer: a autoconsciência e o Autoconhecimento são importantíssimos para quem busca melhorar a produtividade. Principalmente porque o primeiro passo para a mudança é descobrir o que é que está lhe impedindo de seguir em frente – quero dizer, quais são os motivos que lhe fazem “perder tempo” e, que no final das contas, causam tanta frustração?

Bem, a resposta certa para essa pergunta só você pode dar. Mas, a seguir, eu lhe dou algumas explicações que podem lhe ajudar a identificar a origem da sua falta de produtividade. Vamos lá?

1) Produtividade e propósito de vida

Evidentemente, há uma relação clara entre estabelecer seus objetivos e ser produtivo(a) o suficiente para concretizá-los. Mas, não estou falando sobre metas e objetivos, e, sim, sobre seu propósito; a pergunta que vale ouro, então, é:

Para que você acorda todos os dias?

Deixe-me explicar melhor. Quando Bob Hoffman criou o Processo Hoffman, há mais de 50 anos, ele era “apenas” um alfaiate que atendia a uma classe privilegiada da sociedade norte-americana. Em suas conversas rotineiras com clientes, Bob percebeu o quão insatisfeitos eram aqueles homens ricos e poderosos que passavam pelo seu estabelecimento e começou a se perguntar: o que há de errado com essas pessoas? O que é que lhes falta para que se sintam plenos e felizes?

Ele se lançou aos estudos e, visionário que era, encontrou respostas que o levaram a formular o Processo Hoffman – tido como o mais eficaz curso de Autoconhecimento do mundo. Pois bem, um dos “segredos” que Bob desvendou foi: sem conexão com nosso propósito de vida, é quase impossível ser produtivo, empenhado, dedicado, pleno, comprometido, focado, enfim... Feliz!

Esse, aliás, é um dos grandes ganhos obtidos por quem passa pelo Processo Hoffman. Numa metáfora simples, conectar-se ao seu propósito de vida é como banhar-se na fonte que alimenta a sua jovialidade, sua motivação, sua capacidade de superar problemas e de enxergar soluções para obstáculos.

E, essencialmente, trata-se disso, ou seja, de descobrir o que é que lhe move e seguir nesta direção. Não há certo, não há errado. Mas, pense comigo: se é frustrante chegar ao fim do dia e perceber que não fez nada do que queria ou gostaria, já imaginou chegar ao fim da vida com essa sensação?

Então, comece agora. Dê um passo por vez na direção que faz com que se sinta, verdadeiramente, feliz, útil e único(a). Organizar a sua agenda e o seu tempo fica muito mais fácil e prazeroso se você tiver a convicção de que aquilo vai lhe colocar no caminho da sua realização!

2) Produtividade e autoboicote

Você é do tipo que acredita que tudo tende a dar errado no final – a não ser que você se esforce muito? Que tudo sempre está nas suas mãos: ou seja, se você não fizer muito, trabalhar muito, consertar todos os detalhes, certamente só terá resultados ruins? Ou seja, que nada de bom acontecerá sem seu total esforço, dedicação e comprometimento – e que não pode confiar em mais ninguém para realizar determinadas atividades a não ser você mesmo(a)?

Bem, em partes, é verdade, afinal, toda e qualquer conquista requer persistência individual. Está mesmo nas suas mãos empreender as ações necessárias às suas vitórias individuais que poderão levar às conquistas em equipe. Mas há que se estabelecer um equilíbrio, principalmente se você se define como perfeccionista.

Veja que grande armadilha: a crença de que você é o único capaz de cumprir determinada atividade lhe impede de pedir ajuda e de contar com a colaboração dos outros. Pior que isso, alimenta, em você, a busca compulsiva e inconsciente pela perfeição, ou seja, as falhas e erros estão descartadas (como se isso fosse possível!). Mas, claro, eventualmente, você vai errar, porque todo mundo erra; e, daí, não importa quantos acertos tenha alcançado até ali, o que vai experimentar no final do dia é a sensação de culpa e de fracasso.

Será que você já viveu isso?

Se sim, quero lhe contar que esse processo de autoboicote precisa ter fim se quiser ganhar produtividade. Quando você se cobra e se coloca na posição de único(a) responsável e capacitado(a) a uma ou outra atividade, na verdade, o que está fazendo é a) criando um peso enorme sobre si mesmo(a); e b) dizendo, ao outro, que ele é incapaz e que, portanto, você é melhor que ele.

Inverta a situação por um instante e imagine só se você gostaria de colaborar com alguém que, mesmo sem querer, insiste em lhe dizer que você não dá conta? Pois é! Aposto que não.

Isto tudo é autoboicote. É você criando, sem perceber, caminhos que, de um jeito ou de outro, vão lhe fazer se sentir mal a seu próprio respeito – afinal, você está sempre se julgando e se colocando no lugar de única pessoa capaz até... Falhar e perceber sua incapacidade!

Comece, então, a colocar em prática a compreensão de que nós todos somos seres gregários e necessitamos, uns dos outros, para validar nossa existência. Você, como todo e qualquer mortal, vai errar de vez em quando – e está tudo bem! Aprenda com seus erros e ‘bola para frente’.

Ao aceitar suas imperfeições, você consegue, também, aceitar as imperfeições alheias; consegue pedir ajuda e se deixar ajudar, sabendo que o outro, talvez, erre; e que, daí, talvez, você precise ajudá-lo. Qual é o problema?

Produtividade requer colaboração. Requer que você se ajude, em primeiro lugar, para ajudar ou pedir ajuda aos outros.

3) Produtividade, ansiedade e procrastinação

Você deve saber o que é procrastinação – aquela mania de sempre deixar tudo para depois. Muitas das pessoas que conheço que sofrem com a falta de produtividade são, também, excelentes procrastinadoras!

Pode parecer um paradoxo, mas o que acontece com elas é que, bem, quanto menos elas conseguem produzir, mais desistem de tentar. Elas dizem algo como: “já que não fiz nem metade do que deveria nesta manhã, não vale a pena correr atrás do estrago na parte da tarde”.

Em outras palavras, as pessoas improdutivas estão sempre correndo contra o tempo, mas, justamente por isso, se perdem no tempo. Elas ficam sempre com um pé no passado – ou seja, naquilo que deixaram de fazer – e o outro no futuro – ou seja, naquilo que terão de fazer para compensar o que ficou por fazer. E, portanto, é quase como se o momento presente não existisse.

Por isso, a minha dica é: quando se sentir perdido(a), frustrado(a), ansioso(a) ou deprimido(a) com as tarefas que procrastinou, que tal trazer sua atenção para o AGORA?

Sim, agora é o único momento que você realmente tem, então, de que adianta pensar no que você não fez? Ou sofrer com o que terá de fazer lá na frente? Veja: permanecer preso ao passado ou ao futuro é algo que alimenta a procrastinação. Afinal, a culpa toma o espaço da criatividade, do foco, da capacidade de atuar e, em vez de produzir, você… Paralisa!

Então, diante da procrastinação, dos acontecimentos e sentimentos que roubam sua atenção e lhe tiram do presente, apenas… Respire. Inspire com calma. Expire com calma. Faça esse exercício com atenção e foco. Ou seja, respire com consciência de que está respirando e mais nada. Conte para si mesmo(a) o quanto essa experiência é fenomenal – afinal, enquanto seres humanos, não há nada que façamos de maneira mais automática e inconsciente que respirar.

Fonte: Administradores