Entenda sobre a importância da diversidade empresarial e 7 passos para colocar em prática



A diversidade empresarial, embora venha sendo bastante difundida, tenha muita relevância e grande impacto dentro dos negócios, ainda é um tema que tem pouca adesão na prática e, atualmente, apenas um terço delas promovem ações que tenham a inclusão como base.

Mais do que isso, em grande parte das companhias o tema sequer é discutido. Sem um comitê que se dedique ao assunto, poucas são as metas e atitudes.

Para o CEO da abler ,os resultados dessas ações aparecem em exemplos de grandes empresas, como a empresa de delivery iFood, que zerou a diferença salarial entre homens e mulheres que ocupam os mesmos cargos, também com a Natura e TIM, que aumentaram o número de mulheres nas áreas de administração.

Para incentivar e ajudar nesse propósito, o CEO separou sete passos para auxiliar as empresas a praticarem a diversidade já na hora do recrutamento e explicou como colocar as ideias na prática.

Crie uma cultura de diversidade na sua empresa

Uma cultura de diversidade envolve a inclusão de vários grupos étnicos e o engajamento em um mesmo propósito. Há um termo usado como uma tendência de RH para isso: “DEI”, ou Diversidade, Equidade e Inclusão.

A ideia é criar um ambiente de pertencimento, em que pessoas de diferentes grupos sociais possam se conectar e se sentir apoiadas e engajadas. Um dos caminhos é espalhar a diversidade, apoiando organizações que abracem o tema. Isso passa pela revisão de critérios na hora de divulgar os cargos, os perfis e os requisitos. Nesse ponto pesa também um trabalho interno no qual as estruturas e a cultura organizacional sejam revisadas.

Tenha uma política inclusiva

Estudos apontam que políticas inclusivas aumentam em oito vezes as chances de ter bons resultados de negócios. A inclusão ainda faz com que a existência de conflitos seja menor, assim como apoia o engajamento e o desempenho dos funcionários.

Uma política inclusiva acontece a partir do incentivo às pessoas para que elas sejam da forma como gostariam, além de criar um ambiente psicologicamente seguro. Outra ação importante é encorajar a participação em reuniões e a expressão de opiniões e talentos.

No recrutamento, isso pode ser feito a partir de modelos específicos. Por exemplo, definindo um percentual de minorias na seleção. A ideia pode fazer diferença, já que costumam ocupar menos de 10% das vagas. Empresas como o Magazine Luíza e a Bayer chegaram a lançar processos seletivos exclusivos para pessoas pretas.

Vá além do gênero

A diversidade faz com que as pessoas tenham noções de justiça, pertencimento, respeito, confiança e igualdade. Embora a política seja importante por questões sociais, também tem efeito positivo nos resultados da empresa.

Mas o conceito não inclui apenas raça e gênero, mas diz respeito a vários outros pontos: idade, orientação sexual, classe social e por aí vai. Por exemplo: o recrutamento de profissionais PCD, exigindo uma equipe inclusiva e uma boa comunicação das qualificações.

Com o recrutamento digital e remoto, ainda é possível fazer contratações sem barreiras geográficas. Assim, as pessoas podem ser empregadas em vários estados, mesmo em lugares em que a oferta de vagas é baixa, fora de centros urbanos e capitais, por exemplo.

Planeje bem o anúncio das vagas

Também é importante evitar expressões nos anúncios que afastam certos perfis de candidatos. Por exemplo, “buscamos engenheiro”, “pós-graduado”, “comunicativo” e assim por diante, pois são termos orientados apenas aos homens.

Cuidar das palavras é uma forma de mostrar que a empresa se importa com a contemplação de diversidade. É possível neutralizar o gênero do anúncio, usando termos mais abrangentes sem especificar.

A descrição também pode demonstrar a preocupação da empresa com o assunto, contando um pouco de como é a política de inclusão. O mesmo vale para as páginas de redes sociais, divulgando o que a empresa pensa sobre o tema.

Espalhe os benefícios da diversidade

Uma das formas de trazer políticas mais diversas é espalhando a ideia e deixando todos por dentro de seus benefícios. Isso porque a inclusão faz bem para os vários setores da empresa e pode gerar até melhores resultados financeiros. As chances de crescimento também são mais altas.

Em um ambiente de trabalho em que as pessoas se sentem mais seguras, a produtividade costuma ser atingida com mais facilidade. Já em empresas pouco receptivas, as pessoas deixam uma parte da identidade do lado de fora. Por isso, há mais energia dispensada para o preenchimento dessa lacuna. O acolhimento é um caminho para as pessoas colocarem a inclusão e a diversidade no ambiente de trabalho.

Tenha conversas difíceis

Às vezes, o investimento em diversidade em processos seletivos passa por alterar estigmas excludentes na empresa, algo que as pessoas tendem a postergar pelo medo do desconforto. Por isso, algumas ações e atitudes precisam ser revistas e conversas difíceis com pessoas que discordam de você podem ser necessárias.

Aqui, vale investir na boa comunicação e na construção de pontes. Assim, a diversidade exige planejamento, trabalho duro, paciência e o uso de metas e indicadores — além da compreensão da demografia da empresa e de um olhar mais próximo para os casos de denúncia.

Essa é a razão pela qual o processo seletivo precisa estar sintonizado com todo o restante da empresa. O inverso é a inclusão “para inglês ver”. Há até um nome para isso, quando a organização vende a ideia de diversidade, mas não a põe efetivamente em prática.

Siga bons exemplos

Embora a diversidade não seja adotada mundialmente da forma como poderia, ainda existem vários bons exemplos de empresas que contam com políticas que funcionam. A Sodexo, por exemplo, dá até 25% de bônus aos executivos comprometidos com a diversidade.

A PwC tem quase metade das atividades filantrópicas ligadas a ONGs associadas à diversidade, enquanto a Mastercard aposta em uma cultura inclusiva e um board executivo diverso.

Aplicar a diversidade no recrutamento é um dos caminhos para favorecer a inovação. Isso porque os vários pontos de vista diferentes trazem soluções que não apareceriam em um ambiente excludente.

As organizações ainda passam a ter um clima interno mais harmônico e uma retenção de talentos maior, ficando com uma estrutura organizacional mais sólida. O resultado é uma empresa com mais pessoas felizes e motivadas. Muitas empresas que já se estabeleceram no mercado deixam de inovar, mantendo uma postura conservadora na condução dos negócios. Outras empresas acreditam que, por já terem dado certo sem os meios digitais, conseguirão sobreviver por mais tempo sem apostar neste meio.

No entanto, com diversas marcas facilitando o acesso aos seus produtos por plataformas digitais e aplicativos mobile, as companhias que buscam uma evolução mais efetiva devem seguir esse tipo de movimentação para não caírem no esquecimento do público.

A empresa que desenvolve aplicativos para grandes marcas, contar com um app mobile traz uma série de vantagens para aquelas que apostam nesse tipo de solução, além de melhorar a competitividade da marca.

“A principal delas é a proximidade com o consumidor, porque com um aplicativo sua marca fica constantemente dentro de um dispositivo do cliente. Em um site, por exemplo, o consumidor precisa lembrar de acessar aquela página, enquanto o app é o único artifício que pode ativar esse consumidor independente da vontade dele, pois um ícone está sempre presente ou notificações aparecem periodicamente”, explica o CEO.

Vantagens do digital para sua empresa

Ter um app próprio ainda pode aumentar o número de vendas e mostra que aquele usuário escolheu abrir uma porta de comunicação direta com a empresa.

Embora a entrada no ambiente digital pareça uma tarefa desafiadora para algumas organizações, fazer isso utilizando um aplicativo mobile é a solução que apresenta menos dificuldades para os gestores.

“Os consumidores estão sempre com um smartphone na mão e habituados a usar aplicativos durante o dia todo. A empresa já vai entrar em uma linguagem que as pessoas estão acostumadas a consumir. Acreditamos que o aplicativo é a forma mais indolor para começar um plano de posicionamento digital em empresas que ainda não deram início a esse movimento”, pontua o CEO.

Afirma que, mesmo que o relacionamento físico e tradicional ainda seja majoritário em alguns segmentos, o aplicativo se torna uma extensão dessa relação.

“Um grande exemplo são as companhias que investem no conceito. O cliente não vai deixar de visitar a loja por causa do aplicativo, mas ele vai melhorar a experiência de visita dele valendo-se da ativação de um cupom, acompanhando os pontos que ele ganha no programa de fidelidade e até tomando consciência de ofertas que, eventualmente, numa sinalização física, ele não seria impactado”, revela.

Para os gestores que querem implementar um aplicativo em suas empresas, é importante ter em mente que o desenvolvimento não acontece do dia para a noite. O CEO explica que é um processo que precisa ser muito bem planejado para evitar que o estabelecimento desperdice tempo e energia. Entre planejamento, implementação e entrega, o tempo médio para o aplicativo chega a seis meses.

De acordo com CEO, é necessário dispor de um tempo para que todos os gestores e colaboradores se adaptem a essa nova realidade. Esse período, normalmente, é de 12 a 18 meses para que a empresa internalize a utilização do aplicativo, entendendo que aquele agora é um novo canal de aquisição, comunicação e relacionamento com os seus consumidores.

“É muito importante que a companhia tenha um processo claro de transformação digital e uma cultura voltada para a tecnologia. Tudo isso vai facilitar e aumentar as possibilidades de sucesso do projeto”, finaliza.

Fonte: Tecnologia