13º salário: segundo parcela deve injetar R$ 112,9 bilhões na economia brasileira
A segunda parcela do 13º salário deve injetar R$ 112,9 bilhões na economia brasileira, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Vale lembrar que a segunda parcela deverá ser paga até dia 20 de dezembro.
Com cálculos que cruzam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com o nível de endividamento das famílias, a pesquisa ainda mostra que o principal destino desta segunda parcela será o pagamento de dívidas, com R$ 42,7 bilhões, 38% do total projetado.
Os outros R$ 37,2 bilhões (33%) devem ser usados no comércio, R$ 19,6 bilhões (17%) em serviços e R$ 13,5 bulhões (12%) para poupança.
Dos mais de R$ 37 bilhões que devem seguir para o varejo, os segmentos mais beneficiados devem ser o de hiper e supermercados, com R$15,5 bilhões, de vestuário e calçados, com R$ 10,5 bilhões, além dos estabelecimentos especializados em utilidades domésticas, com R$ 4,34 bilhões.
O economista da CNC, aponta que, historicamente, para cada percentual de comprometimento de renda, a intenção de consumo cai 1,1%.
Se a melhora do mercado de trabalho, com o aumento da ocupação, e a desaceleração da inflação são motivos a serem comemorados, ele ressalta que a taxa de juros alta e o endividamento prejudicam o varejo.
“Os dados do Banco Central mostram que o comprometimento médio da renda, excluindo crédito habitacional, está consumindo quase um terço da renda pelo endividamento. Diante das incertezas, mudança de governo, ninguém sabe como vai ser a economia no ano que vem, é normal se esperar que o comércio fique em segundo lugar na destinação do 13º salário”, colocou à CNN.
Segundo o levantamento da CNC, o pagamento do 13º salário, com as duas parcelas, vai somar R$ 251,6 bilhões neste ano, valor 6,4% maior em relação a 2021, já descontada a inflação.
“Como tivemos um aumento grande na ocupação ao longo do ano, a massa total do 13º salário cresceu. Isso obviamente é bom para a economia de um modo geral, mas, pelo segundo ano seguido, o pagamento de dívidas será prioridade de quem vai receber a segunda parcela”, colocou.
Os trabalhadores que estão na ativa representam 56% dos beneficiados, enquanto aposentados e pensionistas, 36%.
Cada pessoa com carteira assinada deve receber, em média, R$ 2.870. No ano passado, o valor médio estimado era de R$ 2.868.
Fonte: Trabalhista