Score de crédito: confira quais os principais critérios que impactam neste número
Existem vários mitos que envolvem o score de crédito, entre eles estão a baixa renda. A renda de um brasileiro não impede de conseguir um empréstimo, mas sim a sua capacidade de quitar o parcelamento adquirido.
O score de crédito é uma ferramenta usada pelos bancos para avaliar se aquele cidadão é um bom pagador, e entram vários critérios para fazer essa análise.
O score é usado para conceder crédito com diversos fins, como financiamentos para imóvel ou carro, cartão de crédito e compras a prestação. A nota que cada um recebe no score de crédito é impactada por diversos critérios e vários itens compõem essa nota. Entenda como ela é feita:
Quais são as notas baixas e altas? Na Serasa, empresa que é referência na análise de crédito, a nota do cliente vai de 0 a 1000. De 0 a 300, a sua classificação é considerada baixa; de 301 a 500, regular; de 501 a 700, boa; e de 701 a 1000, muito boa.
Como ver o score na Serasa? A pessoa pode verificar o score no site da Serasa ou no aplicativo no Google Play ou Apple Store. Para isso, é preciso se cadastrar.
4 critérios para ter bom score: a gerente executiva do Score Serasa, ouvida pelo UOL, afirma que diversos aspectos são levados em conta na hora de avaliar o consumidor. Esses pontos podem ser resumidos em quatro status principais.
1) O mais importante é o quanto a pessoa honra as dívidas de financiamento e cartão de crédito (55% de peso);
2) Não ter dívidas ou pendências no nome (33% de peso);
3) Possuir cartão de crédito ativo e pago em dia (6%);
4) Recorrência de consultas das instituições financeiras em um mesmo CPF (6%).
Com esses dados, as empresas utilizam uma fórmula para entender se aquela pessoa possui bons hábitos na sua vida financeira.
É possível ter bom score e crédito rejeitado? É comum que os consumidores associem o score positivo à liberação de crédito e serviços financeiros quase de maneira automática. Mas isso pode não acontecer.
A gerente do Score Serasa diz que a pontuação é um termômetro da vida financeira. Contudo, cabe a cada banco ou instituição conceder ou não os recursos.
Cada banco tem seu critério: o CEO da empresa de análise de dados Stone Age, afirma que as diferenças entre cada instituição ocorrem por causa da base de clientes.
A Caixa tem grande presença entre um público com poucas informações ou baixo histórico financeiro, por exemplo. O Banco do Brasil é forte na concessão de crédito para produtores do agronegócio.
Bancos privados têm características mais abrangentes e políticas de avaliação de crédito diferentes, baseadas em cada produto, serviço e no tipo do seu consumidor.
Sua renda afeta seu score de crédito? Não. O principal fator na tomada de empréstimos ou financiamentos é a capacidade da pessoa honrar os compromissos financeiros.
Uma pessoa que ganha um salário mínimo (R$ 1.212) não terá, necessariamente, o seu pedido negado. Da mesma forma, um cliente que recebe 10 salários mínimos (R$ 12.120) poderá encontrar dificuldades.
Passado conta mais: o histórico de relação com as finanças pode pesar neste momento. O país passa por um momento difícil na economia. Por isso, manter-se longe de dívidas e restrições no CPF contribui bastante na evolução do score, diz a gerente executiva do Score Serasa.
Guimarães reitera que a lógica da concessão de crédito se baseia em observar o passado (ver o histórico de pagamentos) para considerar o presente e projetar o futuro.
Parcelamentos longos de valores elevados indicam estabilidade suficiente para arcar com despesas altas por um tempo maior. Por isso, esse tipo de cliente é quase sempre considerado preferencial para o crédito e tende a receber as melhores notas nos scores.
Como melhorar o score de crédito? A principal dica é estar atento à sua situação financeira. Usar aplicativos de empresas de crédito é uma maneira simples de verificar e solucionar as pendências no nome sem grandes entraves.
Também vale ter cadastro no Limpa Nome, da Serasa, em que é possível participar de feirões e receber ofertas exclusivas dos credores para solucionar as dívidas.
Dessa forma, o consumidor pode melhorar a sua pontuação antes de pedir crédito em um banco e evitar fazer a solicitação em um período em que a nota é considerada baixa.