O ano começou e agora?
Esse questionamento é natural, não deveria ser normal, mas às vezes é, para muitos gestores de empresas.
A avaliação deve caminhar no sentido de, estamos com planejamento realizado e validado? As metas de vendas foram confirmadas? As projeções de investimentos estão confirmadas? A origem dos recursos foram ratificadas? Então vamos em frente, na boa administração daquilo que foi planejado.
Fundamental, agora, é o acompanhamento dessas premissas que suportaram a estrutura do planejamento para o exercício. Acompanhamento crítico dos dados gerados para atenderem as operações da companhia.
Com o cenário econômico atual, onde se fala muito em variação do câmbio, inflação, aumento de preços, principalmente de combustíveis, consequentemente de insumos de produção, é muito importante que haja atenção com relação a todas essas variáveis e o impacto delas no que foi planejado e orçado. Como falamos, no popular, é a aplicação do estilo “marcação cerrada” sobre esses pontos, e validação do impacto dos mesmos no que foi projetado e definido para a operação.
Também é importante que o planejamento estratégico tenha contemplado o ponto, até onde a empresa irá trabalhar assumindo aumento de custos, sem repassá-los aos seus preços, com provável redução de sua margem.
Acompanhar a lucratividade e a rentabilidade são procedimentos essenciais, ou seja, qual a margem líquida da operação? Ela está dentro do previsto? Qual a sua perspectiva de alteração?
Da mesma forma é fundamental estar atento a taxa de retorno do investimento. Em outras palavras, a avaliação é “a operação está conseguindo se pagar”?
No momento atual essas críticas devem ser realizadas na menor periodicidade possível, e com base em números de qualidade. Muitas empresas fazem essa avaliação mensalmente, com intermediárias quinzenais, ou até mesmo, semanais. O importante é acompanhar e validar a operação de fato, o que foi planejado com base nas projeções do negócio.
Agora é mãos à obra! O tempo de planejar, simular, avaliar, trazer as projeções da operação para os números da mesma, já passou, ficou no mínimo no trimestre passado!
Devemos pegar todas essas informações e aplicá-las no dia a dia da empresa, como acompanhamento da realidade do negócio. Algo como, as vendas estão atendendo as metas que constam no planejamento, os custos de produção estão no nível orçado, as despesas estão dentro do esperado, fluxo de caixa atendendo as expectativas? Se sim, a operação está sob controle. Se não, devemos ter ação rápida para identificar o ponto de desvio. Uma vez identificado, qual a ação tomar?
O planejamento estratégico deve ser consultado para saber se nele constou essa possibilidade de ocorrência, e tendo constado provavelmente há nele indicação de sua correção ou de sua administração. Se não constar, deve-se ter agilidade em ações que contornem o inesperado, por exemplo, uma realocação de recursos, uma antecipação de disponibilidades, ou seja, a característica do evento irá direcionar a alternativa de solução.
Importante que esse evento inesperado, seja parte do alerta para a composição do planejamento do próximo exercício. Para as empresas que trabalham com planejamento plurianual os ajustes para exercícios futuros devem ocorrer de imediato.
Dessa forma, com o ano começando agora, e com todas essas ferramentas de gestão à mão e bem utilizadas, o trabalho é acompanhamento, correção de rota, ajuste de desvios, e busca da concretização do planejado para se chegar ao sucesso.
Fonte: Empresarial