Descubra se o Pix no cartão de crédito oferece riscos ao usuário.
O Pix já se tornou uma realidade muito presente no Brasil, se disseminando também para outras soluções de pagamentos além da modalidade original de transferência.
Uma dessas soluções é o Pix parcelado, que permite o parcelamento de compras e, outro, é um recurso ainda mais recente, o Pix como cartão de crédito.
Na modalidade, o cliente faz um Pix e o valor com juros é integrado à sua fatura de cartão que seja pago posteriormente.
De maneira geral, ambas as modalidades são semelhantes, já que oferecem parcelamento de compras. No entanto, a principal diferença é que Pix parcelado é mais abrangente, o pagamento do débito pode ser feito direto pela conta corrente ou por QR Codes mensais, por exemplo.
A jornada de uso do Pix atrelado ao cartão de crédito é simples e integrada. Neste caso, o usuário faz um Pix, mas antes de efetuar a transação e conferir para quem o dinheiro será enviado, aparece a opção de enviar com saldo da conta corrente ou enviar o dinheiro efetuando o pagamento na fatura do cartão de crédito e, mesmo se optar por não parcelar, haverá juros. Feito isso, o valor vai para a fatura do cartão e a outra parte recebe o Pix e com o valor original, sem alterações.
De acordo com a educadora e doutoranda em Educação Financeira, o consumidor deve sempre se questionar o motivo de utilizar qualquer meio de pagamento.
“O Pix geralmente é uma opção para fazer um pagamento com desconto ou enviar dinheiro de maneira ágil. Nessa modalidade, o usuário escolhe o Pix, mas para pagar no cartão de crédito e com juros”, diz.
A especialista ainda explica que, “se não tenho o recurso para fazer o que preciso, a primeira ação deve ser avaliar todas as opções à disposição: existe alguma opção para eu arcar com esse custo em que eu não pague juros? Ou se for para comprar algo: é realmente necessário comprar isso agora? Se não preciso, é sinal de alerta em relação ao uso do crédito”.
Conforme ela pontua, a modalidade trata-se de um empréstimo pessoal disfarçado.
“É difícil para o usuário no momento do uso, racionalizar a decisão e sair do automático. O maior risco é pagar os juros na fatura. Naturalmente, depende dos valores da transação e da situação financeira da pessoa, mas extrapolando para um caso mais grave, um juro a mais na fatura pode fazer com que o consumidor não consiga arcar com o compromisso no fim do mês, caindo no rotativo e na inadimplência”, diz.
Fonte: Tecnologia.