Reforma Tributária é a revolução que o Brasil precisa ou apenas mais uma armadilha fiscal?

A Reforma Tributária finalmente saiu do papel e promete transformar a economia brasileira, com impactos profundos na forma como empresas e consumidores lidam com tributos. “Mas será essa a revolução que o Brasil precisa ou apenas mais uma armadilha fiscal? ”, avalia o tributarista, que acompanhou de dentro do Senado os trâmites da reforma.
Com a unificação de tributos no novo Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) duplo, composto pelo Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), de responsabilidade dos Estados e Municípios, e pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de responsabilidade da União, a promessa é de um sistema mais simples e transparente. Porém, críticos alertam para a complexidade das transições e os riscos de impactos econômicos inesperados. Entre eles, está o aumento da carga tributária em setores como serviços e o varejo e maior necessidade de capital de giro.
“A Reforma Tributária pode ser a grande virada de chave para destravar a economia brasileira, mas também traz armadilhas para aqueles que não estiverem preparados, especialmente durante o período crítico de transição, de 2026 até 2032. Quem não souber como calcular corretamente os impactos ou como adaptar seus processos internos, pode enfrentar sérios problemas de competitividade", afirma.
Os consumidores também não sairão ilesos. A promessa de preços mais justos na cadeia produtiva pode esbarrar em repasses de custos no curto prazo.
Com a nova legislação entrando em vigor, a palavra de ordem para empresas e profissionais é preparação. Como conclui o tributarista: “A reforma tributária exige adaptação rápida, durante o ano de 2025, mas pode ser também um grande diferencial competitivo, para as empresas que souberem aproveitar as oportunidades. Aqueles que enxergarem isso como um trampolim para inovação e crescimento vão liderar no mercado durante e pós-reforma. ”

Fonte: Tributário.