Crianças e o cartão de crédito: quando e como ensinar a usar?
A educação financeira infantil é um tema que ganha cada vez mais relevância no Brasil, especialmente em um momento em que o acesso ao crédito e às compras online se tornou mais fácil do que nunca. Quando é o momento certo para apresentar os cartões de crédito às crianças? Como ensiná-las a usá-lo de forma responsável, transformando-o em um aliado para o aprendizado financeiro?
Qual a idade certa? De preferência na faixa dos 11 aos 14 anos. Nessa fase, as crianças já compreendem melhor conceitos como planejamento, consequências e responsabilidade. No Brasil, algumas instituições financeiras permitem cartões adicionais para crianças a partir dos 12 anos com supervisão total dos responsáveis. No entanto, a decisão não deve se basear apenas na idade. A maturidade emocional e cognitiva da criança é fundamental. Introduzir o cartão de crédito sem a devida orientação pode levar a comportamentos impulsivos e, consequentemente, dificuldades financeiras no futuro.
Segundo uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 64% dos brasileiros não tiveram educação financeira na infância, o que impacta diretamente em suas decisões financeiras na vida adulta. Por outro lado, famílias que introduzem conceitos financeiros desde cedo tendem a formar adultos mais conscientes e preparados para lidar com o dinheiro.
A psicologia econômica mostra que princípios de educação financeira devem ser adaptados ao estágio de desenvolvimento das crianças:
Saiba que introduzir o cartão de crédito na vida das crianças não é apenas uma questão de conveniência, mas uma oportunidade de ensinar valores como responsabilidade, planejamento e autocontrole. Quando feito no momento certo e com a devida orientação, esse aprendizado pode transformar a relação das crianças com o dinheiro, preparando-as para um futuro financeiro mais seguro e próspero. Ensinar finanças desde cedo é como plantar uma semente. Com cuidado e atenção, ela crescerá forte, gerando frutos que beneficiarão não apenas a criança, mas toda a sociedade.
Fonte: Empresariais.