A aposentadoria do nome Unibanco
Nova campanha inicia em janeiro o processo de troca da marca do Unibanco pela do Itaú. Nos comerciais, será adotado o nome Itaú 30 horas
Desde que o processo de fusão entre o Itaú e o Unibanco foi iniciado no ano passado, era consenso que a marca Unibanco deixaria de existir, substituída pela do Itaú.O problema para a equipe que conduzia o processo era justamente como fazer isso.
A opção foi por uma substituição paulatina, dividida em várias etapas, que deve se estender até o fim de 2010. A primeira delas deve acontecer em janeiro, na campanha publicitária do banco programada para o período das férias de verão.
O lema dos comerciais deverá ser “Itaú 30 horas” - numa referência à assinatura que há mais de uma década foi símbolo do Unibanco. A partir de março, será a vez das cerca de 1000 agências do Unibanco começarem a ser transformadas em Itaú. A previsão é que essa mudança ocorra ao ritmo de 150 agências por mês.
Esse processo de troca - chamado transição de marca - praticamente se tornou uma expertise do Itaú, em decorrência de sua agressiva política de aquisições. Recentemente, o banco eliminou na Argentina o sobrenome Buen Ayre que adotava há quase uma década junto ao logotipo Itaú, em uma operação coinsiderada extremamente bem-sucedida.
O mesmo aconteceu no Chile, onde a marca BankBoston foi substituída pela Itaú há três anos. No Brasil, essa transição do BankBoston para Itaú Personalité foi mais complexa.
O banco brasileiro teve que eliminar a marca e trocar tudo em um fim de semana por exigência contratual. O perfil dos clientes do BankBoston era bem diferente dos do Itaú e o banco teve que empreender um esforço gigantesco para provar a eles que nada mudaria.
No caso do Unibanco, o Itaú não quer correr nenhum risco desse tipo - daí a adoção do lema 30 horas, justamente para mostrar o quanto o Itaú valoriza as qualidades do antigo concorrente.