Empresas têm de aumentar competitividade com urgência, diz CNI
Presidente da CNI lidera missão comercial de empresários à China.
Brasil não pode prescindir de aprofundar relações com o país asiático, diz.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga, afirmou nesta segunda-feira (11), em Pequim (China), que as empresas brasileiras precisam aumentar sua competitividade com "urgência" por conta da ascensão comercial do país asiático. Ele lidera a missão brasileira que está em Pequim, com 309 empresários, que acompanha a presidente Dilma Rousseff.
Segundo o presidente da CNI, a globalização e o aprofundamento da concorrência exigem do governo “disposição e vontade política “ para reduzir com rapidez os custos tributários, logísticos, salariais, cambiais, de infraestrutura, de oferta de energia e crédito.
“O Brasil é uma economia de custos elevados em áreas nevrálgicas para o setor produtivo.
Nossos custos são incompatíveis com a realidade do mercado internacional”, disse ele.
De acordo com Braga, a crescente importância da China na economia mundial e seu papel de sustentação de preços de produtos agrícolas, minérios e combustíveis obrigam o Brasil, que já tem nos chineses seu maior parceiro comercial, a estreitar as relações bilaterais.
É preciso, entretanto, executar estratégias para superar as barreiras tarifárias e não tarifárias chinesas a produtos brasileiros de maior elaboração técnica, disse o presidente da CNI, além de melhorar, com pesquisa, inovação e logística, o fornecimento de commodities à China e aprofundar a integração na cadeia de suprimento chinês.
O presidente da entidade, também avaliou que as empresas brasileiras precisam desenvolver novos setores e produtos, seja na exploração da biodiversidade ou na energia renovável, aumentar a capacidade de atrair maiores investimentos diretos chineses e reforçar o sistema brasileiro de defesa comercial.
“A China é uma fonte inesgotável de oportunidades e desafios. Esta é a realidade. Seu protagonismo na economia mundial reafirma que o Brasil não pode prescindir de aprofundar as relações econômicas bilaterais e nem se omitir no desenvolvimento de uma estratégia que aproveite melhor as oportunidades comerciais e de desenvolvimento que se apresentam”, declarou Robson Braga.
Fonte: Do G1, em Brasília