19/10/2009

É vedada a realização de trabalho em dias de repouso (preferentemente domingos), bem como nos feriados civis e religiosos), salvo nos casos em que a execução dos serviços seja imposta pelas exigências técnicas das empresas, entendendo-se como tal aquelas que, em razão do interesse público, ou pelas condições peculiares às atividades da empresa ou ao local onde se exercitarem, tornem indispensável a continuidade do trabalho, conforme o art. 5º, parágrafo único, e art. 8º da Lei nº 605/1949; arts. 1º, 5º e 6º do Regulamento da Lei nº 605/1949, aprovado pelo Decreto nº 27.048/1949.


Para as empresas que, em razão do interesse público ou pelas condições peculiares às próprias atividades, seja indispensável a continuidade do trabalho, é concedida permissão para o trabalho em dias de repouso, em caráter permanente (art. 7º, Decreto nº 27.048/1949).


Quaisquer atividades que necessitar trabalhar em dia de repouso devem encaminhar pedido de permissão de trabalho em dia de repouso para o Ministério do Trabalho e Emprego, nos termos da Portaria MTB nº 3.118/1989.


Feriados Nacionais e Religiosos


-Confraternização Universal
-Sexta Feira Santa
-Dia do Trabalho
-Corpus Christi
-Independência do Brasil
-Nossa Senhora Aparecida
-Finados
-Proclamação da Republica
-Natal

19/10/2009

Presidente afirmou que empregos formais devem crescer neste ano.
Lula enfatizou que obras no São Francisco vão melhorar vida no NE.


O presidente Lula voltou a afirmar nesta segunda-feira (19), em seu programa semanal “Café com o presidente”, que o Brasil deve crescer cerca de 5% em 2010. Otimista com os dados da economia, ele ainda prevê, após dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), na última semana, que um milhão de empregos com carteira assinada devem ser criados em 2010.

“Fiquei muito feliz quando em setembro nós atingimos o número de 252 mil trabalhadores com carteira assinada. Nós vamos criar em 2009 um milhão de empregos com carteira profissional assinada”, disse Lula.

Sobre a visita às obras do Rio São Francisco, o presidente afirmou que a integração do rio vai beneficiar 12 milhões de pessoas que moram no semiárido nordestino. “Num primeiro momento, a água para beber, num segundo momento a água para irrigar, para criar pequenos animais”, explicou o presidente.

Ele ainda enfatizou que R$ 6 bilhões foram investidos na obra, e que há também um trabalho de saneamento básico para evitar que o esgoto seja jogado no rio. “Ao mesmo tempo, nós estamos recuperando as margens do rio, que é outra coisa muito importante”, destacou.

19/10/2009

Valor total da restituição ultrapassa R$ 19 milhões.
Saque estará disponível na rede bancária a partir de 26 de outubro.

Do G1, em Brasília


A Receita Federal libera nesta segunda-feira (19), a partir das 9h, consulta ao lote residual do Imposto de Renda 2007. O valor estará disponível para saque a partir do dia 26 de outubro, na rede bancária, e terá correção de 27,55%, correspondente à variação da taxa SELIC.


Para consultar o lote e saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar o site da Receita Federal ou ligar para o Receitafone, por meio do número 146. Caso o valor não seja creditado, ele poderá ir pessoalmente a qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para o telefone 4004-0001, nas capitais, ou 0800-729-0001, nas demais localidades. Neste caso, o crédito poderá ser agendado em conta-corrente ou poupança, no nome do beneficiário, em qualquer banco.

Números

Do total de 37.434 contribuintes, 20.523 tiveram imposto a pagar, o que totaliza R$ 74.762.545,73 em arrecadações. Do número total, 5.626 contribuintes não tiveram valor a pagar e restituir. Terão direito à restituição 11.285 contribuintes, que vão dividir R$ 19.022.206,84.

15/10/2009

Na última quinta, ele admitiu que liberação estava mais lenta que o habitual.
Ministro também afirmou não ver problema em ter seu nome na malha fina.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (14) que determinou à Receita Federal que libere até o final do ano todas as restituições de Imposto de Renda, mas que um pequeno resíduo deve ficar para 2010. Na última quinta-feira, o ministro admitiu que o governo estava liberando as restituições em um ritmo mais lento em relação aos anos anteriores devido à queda na arrecadação. A entrevista já foi exibida na Globo News (veja vídeo ao lado).

No ano passado, até outubro, a Receita devolveu R$ 7 bilhões aos contribuintes. No mesmo período este ano, as restituições somaram 5,4 bilhões –R$ 1,6 bilhão a menos.


Estou determinando à Receita Federal que efetue todos os pagamentos no ano de 2009. São sete lotes de restituição do Imposto de Renda”, afirmou Mantega. “Vamos ter mais arrecadação em novembro e dezembro. Então, o último lote de devolução, que será em dezembro, será reforçado, mas vamos pagar praticamente tudo ao longo do ano de 2009.”

Estou determinando à Receita Federal que efetue todos os pagamentos no ano de 2009. São sete lotes de restituição do Imposto de Renda"

O ministro afirmou que um resíduo das restituições será liberado apenas em 2010. “Vai ficar um resíduo para 2010, que é normal, todo ano tem um resíduo”, declarou. De acordo com ele, essa sobra será maior que a dos anos anteriores “porque a renda do brasileiro está subindo”.


Se você pegar a devolução de 2006, era menor, 2007, cresceu um pouco, 2008 cresceu bastante, e 2009, que é a renda que foi obtida em 2008, subiu bastante. Então, ele pagou mais e vai ter uma devolução maior”, afirmou.

 A retenção do IR levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a se manifestar sobre o assunto na última sexta-feira (9). “Acho falta de compreensão achar que o governo teria interesses econômicos em reter o imposto de renda, porque nós pagamos a taxa Selic. Portanto, nós não temos nenhum interesse em reter”, disse.

Vamos ter mais arrecadação em novembro e dezembro. Então, o último lote de devolução, que será em dezembro, será reforçado, mas vamos pagar praticamente tudo ao longo do ano de 2009

Para a oposição, no entanto, o atraso nas liberações configura “calote”. “É um ‘calotezinho’, sim, porque eu tenho algo a receber e o governo não me paga. O governo rompe um pacto com a classe média, que fez suas compras projetando que ia receber e agora tem uma vaga promessa de, quem sabe, no primeiro trimestre do ano que vem (receber)”, disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

A liberação mais lenta das parcelas de restituição levou a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado a aprovar nesta terça (13) um requerimento convidando Mantega a dar explicações sobre o caso. A audiência não tem data para acontecer. Como convidado, o ministro não é obrigado a comparecer.

Malha fina

O ministro comentou ainda a informação publicada na edição desta quarta-feira pelo jornal “O Globo”, de que teria caído na malha fina do Imposto de Renda.

Cair na malha fina não é nenhum pecado, até o ministro da Fazenda pode cair na malha fina, o presidente da República, seja quem for.”


Segundo o ministro,falhas no preenchimento ou informações “descompassos” de informações são as causas frequentes para a inclusão de contribuintes na fiscalziação da Receita. “Na malha fina significa que houve alguma irregularidade ou um preenchimento mal feito na declaração ou então houve um descompasso entre o que foi declarado pelo seu inquilino e aquilo que você declarou. Então, a maior parte das pessoas que caem na malha fina corrigem o problema e saem dela”, disse.


Mantega afirmou que mais de um milhão de pessoas tiveram suas declarações na malha fina da Receita Federal. “Hoje nós estamos com um 1,56 milhão de pessoas na malha fina. É bastante, mas muita gente vai sair mesmo sem saber.”

14/10/2009

Um estudo do Fórum Econômico Mundial que capta os efeitos da crise coloca o Brasil entre os 15 países mais financeiramente estáveis e como o primeiro no que diz respeito à supervisão do sistema por uma autoridade central. O país vai bem ainda em vulnerabilidade externa e exposição ao dólar.

Mas no ranking geral do Relatório de Desenvolvimento Financeiro, divulgado ontem em Genebra e Nova York, o Brasil é apenas o 34º dos 55 analisados, embora tenha avançado seis postos. Com nota baixa em estabilidade do sistema, os Estados Unidos perderam a liderança para o Reino Unido e ficaram ainda atrás da Austrália.

O documento -coproduzido pelo economista Nouriel Roubini, um dos que previram a crise- mostra que a vantagem dos países desenvolvidos no setor aos poucos recua, especialmente afetada pela crise.

"Os países em desenvolvimento deram uma demonstração relativamente forte de estabilidade financeira", diz em comunicado Roubini, professor da Universidade de Nova York. "Para alguns, é o resultado de ter aprendido com erros cometidos em crises passadas. Para outros pode refletir a relativa falta de complexidade e de integração de seus sistemas."

Além do Brasil, entre os países em desenvolvimento, o Chile (4º) e o México (14º) aparecem bem em termos de estabilidade financeira. Os primeiros lugares ficam com a Noruega, a Suíça e Hong Kong.

Fatores negativos

Mas o relatório afirma que, apesar de a estabilidade do sistema bancário e a estabilidade cambial terem feito o país galgar posições, a colocação do Brasil foi afetada negativamente por fatores como um ambiente institucional frágil e marcos reguladores débeis (o país ficou em 49º lugar aí).

Um ambiente de negócios marcado por uma sistema de coleta de impostos que é o pior entre os países avaliados, além de um alto custo para fazer negócios e um capital humano menos desenvolvido do que a média, também pesam contra.

O cenário se repete em outros países em desenvolvimento. "Uma explicação possível é que as grandes corporações em países desenvolvidos podem acessar os mercados globais, mas o mesmo não é válido para os pequenos negócios", escreve James Bilodeau, coautor do estudo e chefe para Mercados Emergentes do Fórum Econômico Mundial.

O relatório, o segundo da série, foi feito com base em 120 variáveis que vão do ambiente para negócios à profundidade do mercado, passando pela percepção de corrupção e a infraestrutura. Os dados foram obtidos de pesquisas feitas pelo Fórum e do Banco Mundial.


 

Fonte: Folha de São Paulo

14/10/2009

Na última semana, saldo positivo da balança somou US$ 361 milhões.
Corrente diária foi de US$ 1,261 bilhão, entre 5 e 11 de outubro.


O saldo positivo da balança comercial brasileira – exportações menos importações – continuou a crescer na segunda semana de outubro, registrando um superávit de US$ 361 milhões, e, no acumulado do ano, superou a marca dos US$ 20 bilhões, informou nesta terça-feira (13) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).


Em média, o superávit diário de negócios da balança comercial brasileira entre os dias 5 e 11 de outubro foi de US$ 72,2 milhões.


As exportações registraram US$ 3,332 bilhões, com média de US$ 666,4 milhões por dia e a importações fecharam a segunda semana do mês com US$ 2,971 bilhões, em uma média diária de US$ 594,2 milhões. Somando exportações e importações, a corrente de comércio na última semana foi de US$ 6,303 bilhões, média de US$ 1,261 bilhão.

Outubro

No resultado mensal, até agora as exportações de outubro alcançaram US$ 4,759 bilhões, média de US$ 679,9 milhões dia. Já as importações registraram US$ 3,983 bilhões, com média de US$ 569 milhões dia. A corrente de comércio chegou a US$ 8,742 bilhões e o superávit a US$ 776 milhões, com média de US$ 110,9 milhões.

Acumulado do ano

No acumulado do ano, o superávit alcançou US$ 22,051 bilhões, com média de US$ 113,7 milhões, valor 9% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.

A corrente de comércio somou US$ 211,033 bilhões, resultante de exportações de US$ 116,542 bilhões e importações de US$ 94,491 bilhões.

14/10/2009

Economistas consultados pelo Banco Central revisaram para cima suas previsões de crescimento do PIB para este e o próximo ano e, com isso, esperam também uma maior taxa de juros para o final de 2010.

De acordo com a pesquisa Focus, feita na última semana e divulgada nesta terça-feira pelo BC, a projeção dos economistas para a Selic no final do próximo ano é de 10,25%. Foi o segundo aumento seguido da estimativa --na semana passada, a previsão era de encerrar 2010 em 9,75%. Para o fim deste ano, a previsão continua em 8,75% ao ano, a taxa atual.

Em relação ao PIB, a previsão para 2009 melhorou, passando para crescimento de 0,10% --na semana passada, a projeção era de crescimento de 0,01% da economia brasileira. Desde março, porém, o mercado vinha prevendo uma retração na economia. Para 2010, os economistas esperam agora um crescimento de 4,80%, contra estimativa anterior de 4,50%.

Inflação

O mercado reduziu a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para 4,29%, contra 4,31% da semana anterior. Para 2010, a estimativa foi mantida em 4,4%. Apesar do aumento, o índice estimado para os dois anos ainda está abaixo do centro da meta estipulada pelo BC, que é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% (teto da meta).

A previsão do mercado para o IGP-DI passou de queda de 0,15% para redução de 0,27%. Para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), a previsão passou de - 0,52% para 0,60%. Os dois indicadores são usados no cálculo dos reajustes de contratos e preços administrados, entre eles, contas de luz e aluguéis.

A previsão para o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômica), caiu de 4,04% para 4%. Para 2010, as previsões para os IGPs ficaram em 4,5% e para o IPC-Fipe em 4,45%.

Outros indicadores

O mercado prevê o dólar em R$ 1,76 para o fim de 2009, contra previsão anterior de R$ 1,80. Para 2010, a projeção foi mantida em R$ 1,80.

A previsão para o superavit da balança comercial se manteve em US$ 25,85 bilhões e para o deficit nas transações correntes aumentou para US$ 15,80 bilhões (contra US$ 15,55 bilhões).

A estimativa para os investimentos estrangeiros diretos ficou em US$ 25 bilhões e a relação dívida/PIB foi de 43,50%. 43,55%.

Fonte: Folha de São Paulo

14/10/2009

Pesquisa realizada pela TeleCheque, empresa que atua no segmento de análise de crédito e garantia de cheques, mostrou que o volume de cheques sem fundos caiu em setembro.

Segundo a pesquisa, do total de cheques emitidos em setembro, 97,75% foram honrados, o que significa um crescimento de 0,78% quando comparado com o mesmo período do ano anterior e 0,08% em relação ao mês de agosto.

"Nossos indicadores retratam um momento de estabilidade econômica pós-crise. Os patamares atingidos estão superiores aos de 2008, justamente o ano em que a oferta de crédito, a oportunidade de emprego e a valorização do real eram melhores", afirma o vice-presidente da TeleCheque, José Antônio Praxedes Neto.

Com esse indicador, os lojistas estimam que as vendas de final de ano serão positivas. "Como os consumidores estão honrando os pagamentos, o varejista fica mais confiante na hora da venda e mais seguro para apostar em promoções e parcelamentos mais arrojados, incentivando, inclusive, o uso do cheque pré-datado. Este meio é atraente porque oferece facilidade e maior flexibilidade de negociação direta entre o lojista e o consumidor", afirma o vice-presidente da TeleCheque.

No mês passado, os cheques foram mais honrados nos segmentos de Postos de Combustíveis (98,38%), Saúde (98,15%), Supermercados (98,03%) e Automotivos (97,90%). No ranking por estado, a liderança de cheques honrados ficou pelo segundo mês consecutivo com Sergipe (98,49%), seguido de Minas Gerais (98,37%), Paraná (98,24%) e Paraíba (98,21%), que foi o grande destaque, com crescimento de 0,43% de agosto para setembro. Os critérios de pesquisa da TeleCheque levam em conta os valores em reais das transações com cheque, não a quantidade de folhas de cheque emitidas.

Fonte: DCI

9/10/2009

A contribuição para o PIS sobre a folha de salários é devida pelas seguintes entidades:


a) templos de qualquer culto;
b) partidos políticos;
c) instituições de educação e de assistência social que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e as coloquem à disposição da população em geral, em caráter complementar às atividades do Estado, sem fins lucrativos;
d) instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações civis que prestem os serviços para os quais houverem sido instituídas e as coloquem à disposição do grupo de pessoas a que se destinam, sem fins lucrativos;
e) sindicatos, federações e confederações;
f) serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;
g) conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;
h) fundações de direito privado;
i) condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e
j) OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras e as Organizações Estaduais de Cooperativas.

9/10/2009

O Governador do Estado de São Paulo, através do Decreto nº 54.869/2009 (DOE de 03.10.2009), estabeleceu que fica vedada a emissão de Cupom Fiscal por Equipamento Emissor de Cupom Fiscal – ECF, nas operações com valores acima de R$ 10.000,00 (dez mil reais), exigindo-se nessas hipóteses a emissão da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou da Nota Fiscal Eletrônica – NFe, modelo 55, documentos fiscais que devem ser preenchidos com mais informações, permitindo um melhor controle em operações de maior valor, além de padronizar a limitação de valor que já existe para a emissão da Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2.

9/10/2009

O Decreto 6558/2008 que dispõe sobre o horário de verão, estabeleceu períodos fixos para início e término a partir de 2008, bem como as regiões abrangidas pela mudança. O horário de verão vigorará a partir de zero hora do dia 18 de outubro de 2009, até zero hora do dia 21 de fevereiro de 2010. De acordo com o decreto, em todos os anos a mudança no horário ocorrerá no terceiro domingo de outubro e terminará no terceiro domingo de fevereiro. Se a data de término coincidir com o domingo de Carnaval, o final do horário de verão é transferido para o domingo seguinte.


A mudança de horário afeta a jornada de trabalho dos trabalhadores, gerando o registro no ponto de 1 (uma) hora de trabalho a menos no início e 1 (uma) hora de trabalho a mais ao término do horário de verão. Há que se atentar quanto aos Acordos ou Convenção Coletiva, pois muitos sindicatos já prevendo esta situação, estabelecem a forma que estas horas serão tratadas, se descontadas (no início) e pagas (no término) na folha de pagamento, caso não haja acordo de banco de horas ou se debitadas (no início) e creditadas (no término), se houver acordo de banco de horas.


O horário de verão vigorará para os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

9/10/2009

O governo alega dificuldade de caixa por causa da queda na arrecadação. O contribuinte está pagando a conta do governo.
No ano passado, até outubro, Receita devolveu R$ 7 bilhões ao contribuinte. Este ano, no mesmo período, foram 5,4 bilhões, R$ 1,6 bilhão a menos que no mesmo período do ano passado.


Declarou no prazo, pagou tudo direitinho, até mais do que devia? Ótimo. O governo deve, não nega, mas só vai acertar as contas quando puder. Sem pressa.


“Você tem hora certa para pagar, mas não tem hora certa para receber”, reclama um contribuinte.


A Receita Federal costuma pagar as restituições até o dia 15 de dezembro. Mas, esse ano, o dinheiro pode entrar na conta do contribuinte com atraso. De acordo com o Ministério da Fazenda, a culpa é da crise que abalou as arrecadações e o caixa do governo.


Como mostrou reportagem do jornal “Folha de São Paulo”, o governo está segurando a restituição do Imposto de Renda.


“Na verdade estamos emprestando dinheiro para o governo, pagando a mais”, destaca o engenheiro Rodrigo Proença.


É como se fosse mesmo uma aplicação obrigatória. O contribuinte recebe juros até a data do pagamento. Algumas restituições podem ficar para o ano que vem.


“Não existe regra rígida. Se até o final do ano houver uma recuperação, aceleraremos a devolução”, diz o ministro da Fazenda, Guido Mantega.


E quem pegou dinheiro emprestado já contando com a devolução, usando a restituição como garantia? O jeito é negociar para não sair no prejuízo. O motivo? Os bancos cobram juros de até 4% ao mês para esse tipo de financiamento, bem acima da taxa básica da economia, a Selic, que o governo paga para corrigir as restituições.


Para o economista Roberto Piscitelli, vale a pena tentar esticar o prazo de vencimento ou até quitar a dívida com a segunda parcela do 13º.


“Não adianta dizer que o empréstimo é remunerado À taxa Selic, que o contribuinte não tem nada a perder. É claro que tem. A remuneração pela Selic não vai compensar os juros e encargos financeiros que a pessoa está pagando por esse empréstimo”, explica Roberto Piscitelli.


No Congresso, o senador Arthur Virgílio quer que o ministro da Fazenda e o secretário da Receita Federal expliquem o porquê da demora na restituição. Mas o convite ainda precisa ser aprovado.

Fonte: O globo

8/10/2009

A Receita Federal do Brasil realiza hoje (08/10), a Operação Leão Expresso IV



A Receita Federal do Brasil realiza hoje (08/10), a Operação Leão Expresso IV, com a finalidade de combater o comércio irregular de mercadorias estrangeiras, encaminhadas por intermédio de encomendas expressas domésticas. A Operação, desencadeada em 33 cidades de todas as regiões do país, conta com a participação de 189 servidores. 


Os remetentes e destinatários de mercadorias estrangeiras com indícios de práticas de contrabando e descaminho serão intimados a apresentar os documentos comprobatórios da entrada regular no País.


Caso não consigam a comprovação, os envolvidos serão autuados e a mercadoria será submetida à pena de perdimento. Neste caso, a Receita vai encaminhar representação fiscal para fins penais ao Ministério Público Federal.  


A Receita alerta que contrabando e descaminho é crime tipificado no artigo 334 do Código Penal, punido com reclusão de 01 a 04 anos. Incorre na mesma pena quem adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal, ou acompanhada de documentos que sabe serem falsos. 


O resultado da Operação será divulgado a partir das 17h de hoje.

Fonte: Receita Federal

8/10/2009

Os bancos voltaram a aquecer os motores para conceder crédito às empresas. Depois de dois trimestres de calmaria, agosto foi o ponto de inflexão que deve marcar a retomada desse segmento. Mais do que uma corrida para tirar o atraso gerado pela crise, os bancos estão de olho no crescimento da economia em 2010.

Somente o Itaú Unibanco, maior banco privado do país, tem quase R$ 40 bilhões disponíveis para as empresas, metade dos R$ 80 bilhões previstos para o ano. "Se houver mais demanda, podemos elevar esse limite", diz Sandra Boteguim, diretora de produtos para pessoas jurídicas.
Foto Destaque

Na mesma linha, o Bradesco se surpreendeu com a retomada antes do previsto da demanda por crédito empresarial. Segundo o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, a capacidade ociosa, que existiu no fim do ano passado e início deste, desapareceu. E a demanda por capital de giro deve aumentar muito, disse em recente entrevista ao Valor. A previsão é que a carteira avance 20% nos próximos 12 meses.

Enquanto isso, o Banco do Brasil mantém o ritmo forte de financiamentos que imprimiu durante a crise e o Santander se prepara para o lançamento de ações que dará um fôlego adicional de R$ 80 bilhões para o crédito.

A disputa entre as grandes instituições financeiras que se delineia pode favorecer as empresas. Os setores pouco dependentes do mercado externo e que sofreram menos com a crise, como o de bens de consumo, já têm oferta de crédito em excesso. Para as chamadas empresas saudáveis já há mais oferta do que demanda.

Um indicador desse comportamento é que a taxa de conversão dos novos clientes ("prospects") em tomadores ativos de crédito está caindo, ou seja, as empresas não estão usando todo o limite disponibilizado pelos bancos.

Muitas linhas que haviam sumido estão aos poucos retornando à prateleira dos bancos. O capital de giro caminham para a normalidade, com prazos próximos de um ano e a volta da carência e do pagamento parcelado. Na crise, os prazos caíram para 30 e 60 dias, com renegociação mensal de taxas.

Já os juros vêm caindo consistentemente, apesar do spread ainda elevado. As médias que chegaram a pagar CDI mais 1,5% ao mês durante a turbulência já contam com ofertas a CDI mais 1% ao mês e até taxas inferiores.

O retorno à ativa dos bancos grandes se deve à melhora da confiança, à queda da inadimplência e também à reabertura das linhas externas. Mas nesse caminho de volta estão se deparando com um obstáculo importante. Têm encontrado boa parte do mercado ocupado pelos bancos públicos, que, sob orientação do governo, pisaram fundo na concessão de crédito durante a crise.

Segundo o diretor financeiro de uma companhia de médio porte, o Banco do Brasil era um dos seus parceiros menos expressivos. "Os juros eram baixos, mas o banco estatal sempre liberou limites muito curtos com uma análise muito conservadora", disse o executivo. Com a crise, o BB ampliou os limites e passou a ser o principal banco dessa empresa, ao lado do Banco do Nordeste.

A estratégia do BB pode ser determinante na disputa que promete ser acirrada em 2010. "Largamos na frente e pretendemos manter o ritmo forte no ano", disse o diretor de atacado, Allan Toledo. "Ajudamos muitas empresas a sobreviver. Nos tornamos parceiros delas. Vamos continuar crescendo nas companhias que conhecemos e também buscar novos clientes."

Com a economia podendo crescer mais de 5% em 2010, o crédito deve ser o grande motor da expansão da atividade e do consumo. É esperado um grande crescimento dos empréstimos no próximo ano e ninguém quer ficar para trás. Relatório do Goldman Sachs prevê crescimento da carteira de Itaú e Bradesco em 25%.

O acirramento da concorrência já preocupa os bancos médios. Quem trabalha no "middle market" está ampliando a equipe e revendo as estratégias, como o Banco Fibra. "Estamos nos preparando para sair cantando pneu no dia 2 de janeiro", disse o diretor Maércio Soncini.

A instituição não quer perder o espaço que conquistou no ano. "Nos antecipamos e trouxemos 400 novos clientes". O Banco Votorantim, que concluiu parceria com o BB, também prepara uma ampliação da área para médias empresas.

Agosto marcou a volta dos bancos ao crédito para empresas e setembro já registrou intensa disputa pelos clientes mais saudáveis. Segundo o Banco Central, o saldo cresceu pouco mais de 1,4% entre julho e agosto, mas é preciso considerar que no último dia de julho houve uma operação de R$ 25 bilhões entre o BNDES e a Petrobras que distorceu os dados. Sem isso, a concessão aponta claramente para uma inflexão, com avanço de 4,6% no mês (ver gráfico).

O cenário, no entanto, ainda está distante do pré-crise, antes da quebra do banco americano Lehman Brothers que levou as instituição nacionais a reduzirem dramaticamente a oferta de dinheiro.

O caso da Beraca, indústria de médio porte que fornece ingredientes naturais para as farmacêuticas, ilustra bem o momento. "Está havendo uma retomada gradual da oferta, principalmente no segundo semestre.

Mas as instituições estão muito mais criteriosas, exigindo garantias mais líquidas, como recebíveis ou aplicações financeiras", disse Ana Paula Sudan, supervisora financeira da companhia. "O mercado começou a girar de novo, estamos vendendo mais, mas a disponibilidade de crédito não está na mesma velocidade".

Apesar da seletividade, as condições já são mais favoráveis. "Antes da crise, fechávamos uma operação de financiamento à importação com custo de 5% ao ano. Hoje ainda está caro, na casa dos 13%. Mas no pico da crise bateu 37% ao ano. Quem estava disposto a pagar esse custo sem saber o que ia acontecer", questiona Ana Paula.

Boa parte desse rigor ainda se mantém, segundo Fernando Blanco, presidente da seguradora de crédito Coface, porque a memória da alta da inadimplência ainda está muito fresca. "Nessa crise, empresas tinham solvência, mas estavam mais alavancadas que o usual. Tinham muitas duplicatas a receber, estoque muito alto e endividamento erroneamente de curto prazo."

Fonte: Valor Econômico

8/10/2009

O segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática será o setor do varejo que registrará o maior crescimento este ano. Redes como Casas Bahia, Cybelar, Extra e Magazine Luiza comemoram os resultados dos últimos meses e acreditam que seu desempenho não será diferente no Natal, com crescimento de até 20% nas vendas - e destaque para computadores.

Segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, no acumulado de janeiro a setembro deste ano o setor contabilizou crescimento de 10,1% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A rede paulista Cybelar, que possui mais de 60 lojas espalhadas pelo interior paulista e atende principalmente o público C e D, afirma que o Natal será melhor do que o do ano passado e projeta incremento de 20% nas vendas. De acordo com Ubirajara José Pasquotto, diretor da companhia, já há uma aceleração de compras para o final do ano.

O executivo aponta a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre produtos de linha branca, por exemplo, como um dos principais motivos e que possibilitou que os meses anteriores tivessem um bom desempenho.

"Este ano ainda não deve passar o de 2008 em vendas, mas já está acima de 2007", explica.

Para o diretor, o problema de abastecimento de itens da linha marrom, como TVs de LCD, também deve ser normalizado porque a expectativa é que os produtos sejam muito procurados no Natal, assim como itens da área de informática.

Com os resultados e otimismo para fechar o ano, a Cybelar estuda a aquisição de outras redes no interior paulista, além de estudar a implementação do seu comércio eletrônico. "Não estamos à venda, pelo contrário, pretendemos expandir também por meio de aquisições. Quanto ao e-commerce, já temos um catálogo virtual de produtos disponível nas lojas, e o próximo passo é montar a operação on-line."

A rede Magazine Luiza também tem comemorado resultados e segue otimista para o Natal. Segundo a empresária Luiza Helena Trajano, em entrevista recente ao DCI, as vendas devem crescer 10% frente às do ano passado no Natal, e no varejo eletrônico (e-commerce) é esperado acréscimo de 50%. Em São Paulo, a rede afirma que está contente por completar um ano de operação, com 53 lojas, e deve manter a expectativa original de abrir 100 lojas na cidade até 2010.

Indicadores

Para Luiz Rabi, gerente de Indicadores de Mercado da Serasa Experian, o setor foi, de fato, um dos que mais se beneficiaram com o IPI e com certeza fechará o ano na liderança, seguido do setor de veículos.

"A venda de veículos deve perder um pouco o ímpeto com a volta gradual do IPI, mas em eletrodomésticos o benefício continua e o setor de computadores tem passado ao largo da crise, colhendo incentivos do passado e com notebooks mais baratos, por exemplo."

Os demais segmentos varejistas, como o de supermercados, devem manter o desempenho e a expectativa é que o setor de material de construção, que, mesmo com o IPI, continua em queda, volte a crescer com o reaquecimento do mercado imobiliário.

Para o técnico, os meses de maio, junho e julho foram de alto crescimento do varejo como um todo e arrancada de saída da crise, com média de crescimento de 1,5% por mês; os próximos meses devem apresentar taxas mais estáveis e menores, o que é até saudável para a economia e não significa pessimismo para o final do ano, pelo contrário.

Em relação ao desempenho do varejo no mês de setembro, o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, mostrou que em comparação a setembro de 2008, a atividade varejista teve elevação de 5,6%, a segunda maior taxa do ano, perdendo só para agosto.

Nuno Fouto, professor do Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), concorda que os segmentos devem continuar em alta e lembra que "as condições de crédito e pagamentos estão praticamente retomadas", e que o setor de informática sempre aparece na frente por ainda ter pouca penetração. "Ainda há muitos consumidores sem notebook e desktop que aproveitam o Natal", diz.

On-line

Aproveitando o aquecimento do consumo, a Apple inaugurou nesta terça-feira a sua loja on-line no Brasil, fazendo vendas diretas pela primeira vez no País. Antes, vendia por meio de revendedores oficiais e lojas do varejo.

Redes do varejo comemoram o sucesso das vendas de móveis, eletroeletrônicos e itens de informática. É o caso de Casas Bahia, Cybelar, Extra e Magazine Luiza, que se surpreenderam com as vendas desses produtos - a alta foi de 10,1% no acumulado de janeiro a setembro, na comparação com igual período do ano passado.

Com a chegada do Natal, a previsão é fechar o ano com chave de ouro e chegar a uma alta de até 20%.

A Cybelar, dona de mais de 60 lojas e com foco maior no público C e D, está otimista, diz o diretor Ubirajara José Pasquotto. A empresária Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, tem opinião semelhante e prevê avanço de 50% nas vendas do varejo eletrônico.

Para Luiz Rabi, da Serasa Experian, a venda de notebooks mais baratos deve se destacar ainda mais este ano.

Fonte: DCI

8/10/2009

O número de falências bateu o recorde do ano em setembro puxado por micro e pequenas empresas, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Serasa Experian.
No mês passado, foram decretadas no país 89 falências de empresas --96,6% do total eram micro ou pequenas, ante 66 em agosto.

Na análise do acumulado dos primeiros nove meses do ano, o levantamento verificou 627 decretos de falências, sendo 92,5% micro ou pequenas empresas. Vale lembrar que os empreendimentos desse porte representam 97,5% das empresas em atividade no país, de acordo com pesquisa de 2006 do Ministério do Trabalho.

O número de falências requeridas, por sua vez, atingiu o montante de 200 solicitações em setembro, com recuo de 4,8% ante agosto. Desse total, 127 foram feitas por micro e pequenas empresas (63,5% do total). Na análise mensal, o número de falências requeridas vem decrescendo desde maio, acompanhando o processo de recuperação econômica e a volta do crédito às empresas.

Segundo os analistas da Serasa Experian, se as falências requeridas estavam sendo usadas como instrumento de cobrança, agora estão voltando à sua original finalidade, retornando aos patamares pré-crise. Já as falências decretadas ainda sobem, refletindo os pedidos feitos em uma conjuntura econômica anterior.

Na comparação com setembro de 2008, quando houve o agravamento da crise, os pedidos de falência recuaram 2,4%. Já as falências decretadas apresentaram queda de 3,3%.

No comparativo entre os acumulados do ano de 2008 e de 2009, as falências requeridas cresceram 5,0%, e as decretadas caíram 16,2%. Para os analistas da Serasa, esse desempenho, além de mostrar o uso desvirtuado das falências requeridas, também evidencia que as empresas em maiores dificuldades financeiras, neste ano, conseguiram minimizar as falências com a recuperação judicial.

Com relação às recuperações judiciais requeridas, houve um crescimento de 12,8%, passando de 47 em agosto para 53 em setembro. As micro e pequenas empresas responderam por 58,5% do total.

Os analistas observam que as empresas ainda com dificuldades buscam a recuperação, a exemplo das empresas exclusivamente exportadoras, que têm mercados no exterior em recessão e enfrentam o real valorizado, perdendo competitividade.

Para os próximos meses, a expectativa dos especialistas é que as estatísticas de falências e recuperações apresentem volumes menores em decorrência da recuperação econômica, principalmente no último trimestre deste ano.

7/10/2009

Papel saiu no centro das expectativas, negociado a R$ 23,50. Unidade brasileira do banco representa 20% do lucro mundial.

O preço por ação do Santander Brasil na oferta pública primária do banco foi definido em R$ 23,50, no centro da faixa de estimativas de R$ 22 a R$ 25. De acordo com informações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a operação movimentou R$ 14,1 bilhões, para um total de 600 milhões de unidades.

Trata-se da maior oferta pública inicial (IPO) da história a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e possivelmente pode ser a maior do mundo em 2009.

Outras dez empresas já ofereceram papéis ao mercado neste ano, enquanto outras 13 pretender fazer o mesmo até o fim do ano. Assim, o total movimentado com IPOs no país pode chegar a R$ 40 bilhões até dezembro.

As ofertas de ações são abertas tanto para investidores locais quanto para estrangeiros, que têm aumentado a sua presença no país. E o dinheiro externo continua a entrar em grande quantidade na Bovespa: foram US$ 4 bilhões em setembro, contra US$ 1,65 bilhão de agosto.

Segundo o economista-chefe do WestLB, Roberto Padovani, a oferta de ações, que tem a função de captar dinheiro, mostra a confiança da instituição na economia do país. "Os bancos, como os empresários de modo geral, acreditam no país e estão preparando seus negócios para um crescimento muito forte", afirma.

Santander no Brasil

Para se ter uma ideia da importância da operação no Brasil para a instituição espanhola, nos seis meses encerrados em junho, a unidade brasileira do banco espanhol representou mais de 20% do lucro líquido do grupo e 53% do ganho na América Latina.

A matriz do Santander informou nesta quarta-feira que vai apurar ganhos de capital de 1,43 bilhão de euros (US$ 2,10 bilhões) com a oferta de ações de sua unidade no Brasil, e os recursos serão direcionados para provisões gerais. O banco espanhol disse ainda que a transação deve elevar seu capital em 0,60 ponto porcentual.

A maior operação de estreia no mercado acionário brasileiro até então tinha sido a da VisaNet, de R$ 8,4 bilhões, no final de junho. Os papéis do Santander Brasil começarão a ser negociados em São Paulo e Nova York nesta quarta-feira, dia 7.

Segundo a BM&FBovespa, o leilão de abertura de negociação das ações será nesta quarta-feira, e os papéis terão o código SANB11.

Oferta

O lote inicial da oferta envolve 525 milhões de unidades, cada uma representando 55 ações ordinárias e 50 ações preferenciais. A operação contemplava também a possibilidade de um lote suplementar de até 75 milhões de units e outro adicional de 25 milhões de units, em caso de excesso de demanda, como acabou ocorrendo.

A coordenação da operação é feita pela própria unidade brasileira do Santander, com apoio de Credit Suisse, Merrill Lynch e BTG Pactual. A primeira grande aposta do Santander no mercado brasileiro aconteceu com a compra do banco paulista Banespa, quando de sua privatização no final de 2000. Em 2007, o banco adquiriu o ABN Amro Real, ampliando sua posição no país.

7/10/2009

Recursos poderão ser sacados a partir de 15 de outubro.
No lote, constam 1,17 milhão de contribuintes com restituição.

A Receita Federal abre nesta quarta-feira (7), a partir das 9h, as consultas ao quinto lote do Imposto de Renda Pessoa Física (2009), ano-base 2008.

 As restituições, entretanto, serão pagas somente a partir de 15 de outubro. Neste lote, segundo a Receita Federal, constam 1,17 milhão de contribuintes com direito à restituição, no valor de R$ 1,11 bilhão. Os valores serão corrigidos em 4,7%.

 As consultas poderão ser feitas por meio da página da página da Receita Federal na internet ou pelo telefone 146. Para saber se está no lote, o contribuinte deverá informar o número do seu CPF.

Lotes já pagos do IR 2009

As restituições do Imposto de Renda Pessoa Física são pagas em sete lotes mensais, entre junho e dezembro de cada ano, geralmente por volta do dia 15.

 No primeiro lote do IR de 2009, que saiu em junho, a Receita pagou restituições a 1,26 milhão de contribuintes, sendo 1,07 milhão de idosos, com valor total de R$ 1,53 bilhão.


Já em julho, no segundo lote do IR 2009, 1,48 milhão de contribuintes receberam restituições, no montante de R$ 1,82 bilhão. Em agosto, foram pagos R$ 650 milhões em restituições a 620 mil contribuintes. Em setembro, foram pagas restituições a 376,5 mil contribuintes, no valor de R$ 386 milhões.

Lote de 2008

Além de abrir as consultas ao quinto lote do IR 2009, a Receita Federal informou que, na próxima quarta-feira, também poderão ser feitas consultas sobre o Imposto de Renda 2008, ano-base 2007.

 Neste caso, trata-se de um lote da malha fina, ou seja, de contribuintes que caíram na malha fina do Fisco. No lote residual do IR de 2008, segundo a Receita Federal, as restituições totalizam R$ 30,5 milhões, com correção de 16,77%. Foram contemplados 10,6 contribuintes com restituição.

Pagamento de Darf

A Receita Federal informou ainda aos contribuintes que o pagamento de DARF sem código de barras também pode ser realizado através dos caixas de auto-atendimento, ou pela internet.

A Receita informa que realiza este comunicado porque "inúmeros contribuintes" desconhecem esta possibilidade julgando, equivocadamente, ser necessário dirigir-se aos caixas das instituições financeiras para realizar tais pagamentos.


 

6/10/2009

Em homenagem ao Dia da Micro e Pequena Empresa, comemorado hoje (5), a Caixa Econômica Federal disponibilizará R$ 20 bilhões para investimento no setor.


Os recursos estão disponíveis a partir de hoje e poderão ser usados em linhas de capital de giro e antecipação de receitas até o final de dezembro deste ano.


Kelly Oliveira

Fonte: Agência Brasil

6/10/2009

Operação-piloto no Distrito Federal multa cerca de 700 contribuintes em R$ 150 mil e deve ser estendida a Estados

Ilegalidades mais comuns encontradas por fiscais foram nas deduções de gastos com educação, saúde e previdência privada


LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA


A Receita Federal decidiu apertar o cerco contra fraudes em deduções do Imposto de Renda (IR) praticadas sobretudo pela classe média.
Operação-piloto iniciada em Brasília pela área de inteligência do fisco começou a apresentar os primeiros resultados no mês passado, com autuações ao redor de R$ 150 mil por contribuinte. Há casos, contudo, superiores a R$ 400 mil, de acordo com documentos obtidos pela Folha.
A ação do fisco já foi estendida a vários Estados, mas o trabalho nas outras cidades está numa fase mais inicial. No Distrito Federal, numa primeira leva, já foram multadas aproximadamente 700 pessoas. A operação será ampliada na capital do país no ano que vem.
Os valores dos autos de infração são proporcionalmente elevados (para pessoas físicas), devido às quantias sonegadas (sobre as quais são aplicadas multa e juros) e ao período de abrangência da fiscalização, que compreendeu os anos de 2004 a 2008.
Esse trabalho da área de inteligência da Receita vem sendo gestado desde 2007, quando auditores pegaram panfletos distribuídos perto da sede do Banco Central, em Brasília, com anúncios de serviços para aumentar a restituição do IR.
A operação foi conduzida paralelamente à política que a ex-secretária Lina Vieira havia começado a implementar no final do ano passado, de priorizar a fiscalização sobre os grandes contribuintes.
A Receita permite às pessoas físicas abater do IR despesas com saúde, educação e previdência complementar de si próprios ou de seus dependentes. Quanto mais altas as deduções, menor o imposto a pagar.
Os auditores em Brasília identificaram que muitas pessoas forjavam gastos dentro dessas três modalidades para aumentar os valores de restituição do imposto. Houve até quem inventasse filhos trigêmeos para justificar lançamentos fictícios.
A restituição do IR ocorre quando a soma do tributo pago pelo contribuinte ao longo do ano supera o valor efetivamente devido, gerando assim um saldo a ser devolvido pelo governo.


Servidores
A maioria dos autuados na capital do país é de servidores públicos, incluindo funcionários do Poder Executivo, do Congresso, do governo do Distrito Federal, da Polícia Civil e membros das Forças Armadas.
No ano passado, foi instaurada uma investigação para apurar o caso. Os fiscais chegaram a grupos especializados em assessorar contribuintes que desejavam aumentar a restituição do IR. Os serviços eram oferecidos principalmente a servidores públicos.
A partir da identificação desses esquemas, a Receita passou a fazer diversos cruzamentos de informações em seus sistemas, o que permitiu selecionar milhares de declarações com indícios de irregularidades.
De um modo geral, a Receita delineou quatro grupos de fraudes.
No primeiro, os sonegadores lançavam pagamentos para Fapi (Fundo de Aposentadoria Programada Individual), que permite deduções da base de cálculo do IR.
Contudo, no lugar de informar o CNPJ da entidade de previdência encarregada de administrar o produto, o contribuinte repetia o CNPJ de seu empregador. Ou seja, as despesas com o fundo de aposentadoria eram falsas, pois o Fapi não existia.
No segundo grupo, os fraudadores informavam CNPJs de seguradoras conhecidas no mercado, como Sul América e Unimed, porém os planos de previdência e de saúde e os valores descontados eram fictícios.
No terceiro, havia deduções forjadas de diversas naturezas, mas com valores muito próximos informados por vários contribuintes e com as respectivas declarações de renda entregues a partir de um mesmo IP (número de identificação de um computador ligado à internet) -uma quadrilha especializada em fraudar o IR prestou serviços para várias pessoas.
O modo de atuação do quarto grupo era semelhante ao do terceiro, porém com uma particularidade: quantidade significativa de dependentes declarados como nascidos no mesmo dia. "Para ampliar o limite de dedução com educação, saúde e dependentes, são inseridos filhos fictícios, tornando-se comum declarações que contêm filhos gêmeos e trigêmeos", informa relatório de inteligência do fisco ao qual a Folha teve acesso.
A partir da experiência adquirida em Brasília, a Receita decidiu expandir para o resto do país o formato de fiscalização.


 

5/10/2009

Analistas passam a prever crescimento do PIB de 0,01% em 2010.
Expectativa do mercado para a inflação oficial fica estável.
Alexandro Martello

O mercado financeiro passou a prever, na última semana, um aumento maior na taxa básica de juros em 2010, segundo informações do relatório de mercado, documento divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (5) que traz as projeções dos economistas de instituições financeiras.

Segundo os analistas do mercado financeiro, a taxa de juros, determinada pelo Banco Central, deverá terminar o próximo ano em 9,75% ao ano, acima dos 9,50% ao ano estimados na semana anterior. Esse já é o segundo aumento consecutivo na projeção do mercado. Há um mês, os economistas acreditavam que a taxa terminaria 2010 em 9,25% ao ano.


A revisão da estimativa do mercado financeiro acontece após a divulgação do relatório de inflação do terceiro trimestre pelo BC, ocorrida na sexta-feira (25). No documento, a autoridade monetária prevê um aumento da inflação em 2010 e 2011, impulsionada pelos gastos públicos.

Inflação

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC calibra a taxa básica de juros para atingir metas pré-determinadas. Para 2009, 2010 e 2011, a meta central é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50% sem que a meta seja formalmente descumprida.
 
Segundo a pesquisa feita pelo BC com os economistas do mercado financeiro, a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano foi mantida estável em 4,31%. Para 2010, porém, a expectativa do mercado para o IPCA permaneceu em 4,40% na semana passada.

PIB

O mercado financeiro melhorou, na última semana, a sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Na semana passada, passou a projetar um crescimento de 0,01%, contra uma projeção anterior de um crescimento zero. O Banco Central informou na última sexta-feira (25) que a sua previsão para o crescimento do PIB foi mantida em 0,8%.


A melhora nas expectativas do mercado, que, por seis meses, acreditou em queda do PIB em 2009, acontece depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ter informado que o PIB do segundo trimestre deste ano cresceu 1,9% na comparação com os três primeiros meses de 2009, o que tirou a economia brasileira da chamada "recessão técnica.


Para o Produto Interrno Bruto (PIB) de 2010, a projeção do mercado financeiro permaneceu em 4,5% de crescimento. Este é o mesmo número que consta na proposta de orçamento federal para o ano que vem.

Taxa de câmbio

Na semana passada, dado que foi informado nesta segunda-feira (5), a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2009 permaneceu em R$ 1,80 por dólar. Para o fim de 2010, a previsão ficou estável, também em R$ 1,80 por dólar.

Balança comercial e investimentos diretos

Já a projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2009 subiu de US$ 25,3 bilhões para US$ 25,8 bilhões.


Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões. Para 2010, a previsão do mercado financeiro para o saldo da balança comercial recuou de US$ 18 bilhões para US$ 17,8 bilhões de resultado positivo.


No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado financeiro para o ingresso de 2009 ficou estável em US$ 25 bilhões na última semana. Para 2010, a projeção de entrada de investimentos no Brasil permaneceu em US$ 30 bilhões.


 

Fonte: G1

5/10/2009

Greve dos trabalhadores começou há 12 dias
Na sexta, 7.053 agências ficaram fechadas no país.

Os bancários, em greve há 12 dias, realizam uma nova assembleia a partir das 17 horas desta segunda-feira (5) para decidir os rumos do movimento. A continuação da greve foi decidida pelos trabalhadores após duas rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizadas nos dias 1º e 2 de outubro, que terminaram sem acordo.


Os negociadores da Fenaban afirmaram que encaminharam as simulações discutidas aos respectivos bancos e que agora quem decide são os donos dos bancos, de acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.


Segundo o sindicato, além das agências bancárias da região central da capital paulista e da Avenida Paulista, a paralisação será mais concentrada nos prédios administrativos onde estão escritórios dos presidentes dos bancos.
 
Balanço
Na última sexta, 7.053 agências bancárias ficaram fechadas e a greve atingiu todos os estados e o Distrito Federal, segundo a confederação. Em São Paulo, 32 mil trabalhadores de 740 locais de trabalho ficaram parados, segundo o sindicato dos bancários da cidade.
 As áreas das agências bancárias que concentram os caixas eletrônicos e outros terminais de autoatendimento estão sendo mantidas abertas, para que os clientes possam usá-las, segundo o sindicato dos bancários em São Paulo.

Fonte: Agência Estado

30/9/2009

A Receita Federal em São Paulo informou que uma comparação de dados econômicos disponíveis - já declarados ou não à Receita por 920 empresas paulistas -, resultou na coleta de "graves indícios de sonegação avaliada preliminarmente em R$ 1 bilhão, somente nos oito primeiros meses de 2009".

"Balanços contábeis, registros de entradas e saídas de mercadorias vendidas, receitas previdenciárias, movimentações financeiras, dados fornecidos por contribuintes pessoas físicas e jurídicas, cartórios, imobiliárias e administradoras de cartão de crédito e corretoras de ações em bolsa de valores, mercadorias e futuros, uma vez confrontados, revelaram centenas de empresas, individualmente, com variação milionária no recolhimento de tributos", informou a Receita.

Com as fiscalizações, previstas até o final do ano, a Superintendência da Receita Federal do Brasil em São Paulo pretende apurar essas irregularidades a fim de chegar aos motivos dessa discrepância entre o ritmo da atividade econômica desses contribuintes e o respectivo recolhimento de tributos fiscais.

Uma das hipóteses é que as empresas investigadas teriam - sob pretexto da desaceleração da economia decorrente da crise financeira internacional - lançado mão de artifícios para mascarar seus resultados nas demonstrações contáveis e demais dados declarados à Receita", informou.

"A atividade econômica das empresas investigadas não encolheu no mesmo ritmo dos seus resultados declarados à Receita Federal. Nesse primeiro levantamento encontramos 920 empresas com fortíssimos indícios de sonegação e já estamos preparando mais um levantamento que pode aumentar ainda mais esse universo", afirma José Guilherme Antunes de Vasconcelos, superintendente da Receita Federal em São Paulo.

Uma medida que pode combater a sonegação foi proposta pelo deputado Beto Albuquerque que visa a permitir a inclusão no Simples - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - dos serviços de corretagem de seguros e de representação comercial.


 

Fonte: DCI

30/9/2009

O crescimento do crédito deve continuar a ser puxado pelos bancos públicos e pela pessoa física no último trimestre do ano, no entanto, a expectativa é que as instituições privadas aumentem as concessões, com maior participação de empresas, em 2010.

"No próximo ano, os privados deverão arriscar mais, sob pena de perder mercado", crê o professor de Economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite. Para ele, o crédito às empresas já mostra uma situação mais regular depois da crise, com sinais de crescimento até dezembro.

Dados do Banco Central referentes a agosto, divulgados ontem, mostram uma expansão de 1,5% nas operações de crédito no País, em relação a julho, a um saldo total de R$ 1,326 trilhões. Os empréstimos a empresas apresentaram um crescimento de 1,3%, a R$ 383,929 bilhões. Já na pessoa física, a expansão foi de 1,8%, a um estoque total de R$ 302,702 bilhões.

Nesse período, as operações de crédito do sistema financeiro público apresentaram uma alta de 2,3%, ante 1,3% do sistema privado e 0,3% entre os estrangeiros, a saldos de R$ 535,974 bilhões, R$ 539,907 bilhões e R$ 250,861 bilhões, respectivamente.

Para o chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Altamir Lopes, as expectativas para as vendas de fim de ano são positivas, no que depender do crédito. Os dados revelam que o prazo médio das operações de crédito com recursos livres para a pessoa física atingiu 498 dias corridos em agosto, o mais alto da série.

Segundo ele, esse alongamento, combinado com a trajetória de queda dos juros e com a retomada do crescimento do crédito consignado, leva a uma expectativa positiva para as vendas de final de ano. "Todos esses fatores levam à tomada de mais crédito pelas famílias", disse.

De acordo com a autoridade monetária, a média diária das concessões de crédito cresceu 7,3% em agosto em relação a julho, atingindo R$ 7,114 bilhões. A média de agosto de 2008 foi de R$ 7,028 bilhões, que representou alta de 1,2% nessa base de comparação. Lopes informou ainda que a média diária de concessões de crédito livre em setembro, até o dia 17, teve queda de 3,9% na comparação com a média diária de todo o mês de agosto. A média das concessões para a pessoa física caiu 6% e a da pessoa jurídica cedeu 2,5%, no período.

As concessões para pessoa física tiveram média diária de R$ 2,671 bilhões, com alta de 6,7% ante julho. Já para empresas, a média diária das concessões atingiu R$ 4,443 bilhões, com alta de 7,7% ante julho. Lopes disse que o volume de crédito com recursos livres teve crescimento de 0,8% em setembro até o dia 17.

Ele destacou ainda a expansão do crédito habitacional. Segundo o executivo, essa linha, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), passou de 1,3% em dezembro de 2005 a 2,1% no final de 2008. Segundo último dado do BC, essa relação chegou a 2,7% em agosto, com um saldo total de R$ 75,878 bilhões. "Ainda é baixo, mas está crescendo", disse.

Em relação à inadimplência, o professor da Trevisan acredita que a tendência é se manter estável, como já mostrado nos dados de agosto. "Já reduziu-se a alta acumulada durante a crise, mas a retomada econômica pode provocar um ligeiro aumento. Uma coisa deve compensar a outra."

Nos juros e no spread bancário, Leite acredita em continuidade na queda até o fim do ano. "Ainda não foi repassada toda a baixa na Selic. Até o fim do ano, porém, deve chegar a um limite", acredita.

Segundo Lopes, a taxa de juros das operações de crédito livre teve alta de 0,2 ponto percentual até 17 de setembro, na comparação com agosto, atingindo 35,6% ao ano.
A taxa de juros para a pessoa física ficou estável em 44,1%, no período, enquanto a de pessoa jurídica subiu 0,3 ponto percentual, para 26,7%.

Fonte: DCI

29/9/2009

Cerca de 50 empresas solicitaram ao governo federal autorização para trazer suas máquinas para o País.
A crise global provocou um movimento de transferência de linhas de produção ou até de fábricas inteiras do exterior para o Brasil. Cerca de 50 empresas solicitaram ao governo autorização para trazer suas máquinas para o País, revela o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Os pedidos de importação foram feitos por diversos setores como alimentos, têxtil, químico, móveis e mineração. A origem das linhas de produção também é variada: Estados Unidos, Canadá, França, Portugal, Alemanha, Reino Unido. Boa parte das solicitações veio dos fabricantes de autopeças – setor em que o desempenho do mercado brasileiro está muito melhor que o resto do mundo.

É a discrepância entre o Brasil, que já saiu da crise, e os países ricos que provoca as transferências. Com a queda da demanda nos EUA e na Europa, as multinacionais ficaram com capacidade ociosa lá fora. A crise também provocou uma quebradeira de empresas, criando oportunidades para companhias brasileiras comprarem máquinas usadas no exterior por uma fração do preço das novas.

A Coteminas realizou uma das maiores transferências de máquinas do exterior para o País. Depois de adquirir a americana Springs, a empresa, que pertence à família do vice-presidente José de Alencar, desativou nove fábricas nos Estados Unidos. As máquinas foram distribuídas pelas unidades de Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Norte.

“É melhor produzir aqui e exportar para os EUA. E, com a crise, parte da produção que ia para os clientes americanos agora fica no Brasil”, disse o vice-presidente industrial da Coteminas, Pedro Bastos. Entre as vantagens de trazer a produção para o País, estão a qualidade do algodão, o menor custo da mão de obra, e a proximidade com o grupo controlador. Ele conta que a crise tornou as transferências mais complicadas, porque significou perda de empregos para os americanos.

A lista de empresas que estão apostando no Brasil incluiu multinacionais como Nestlé e Motorola. A fabricante de celulares importou da unidade do México a tecnologia para fabricar em Jaguariúna (SP) equipamentos para banda larga sem fio. A produção começou em junho. De acordo com o vice-presidente da área de mobilidade, Eduardo Stefano, os incentivos fiscais e os altos custos de importação foram as razões para produzir localmente. Ele afirmou ainda que o Brasil é carente em tecnologia de banda larga.

A Nestlé trouxe do México uma linha completa para fabricação e envase de água mineral. O maquinário inclui desde a sopradora de garrafas até a empacotadora. A linha desembarcou no Brasil em julho e já está em operação. Com a ajuda das novas máquinas, a multinacional lançou no País a marca de água Nestlé Pureza Vital – a mais vendida do mundo. O objetivo é buscar a liderança no mercado de água mineral paulista, o maior do País com 30% das vendas.

Segundo o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, as empresas decidem as transferências de plantas cada vez mais rápido e o Brasil se tornou o alvo pelo bom desempenho na crise. Ele disse que o governo quer tornar ágil a entrada das linhas de produção no País. Como se tratam de máquinas usadas, o procedimento requer licenças de importação, que demoram de quatro a seis meses para serem liberadas. “Queremos fazer em 30 dias.”

A “importação” de fábricas é polêmica. O investimento é sempre bem-vindo, porque aumenta a produção e cria empregos. Mas ao autorizar a entrada de máquinas usadas, o governo pode desestimular o setor de bens de capital. O movimento de transferência de linhas de produção já provocou reclamações dos fabricantes de máquinas junto ao ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. “Corremos o risco de sucatear o parque industrial brasileiro. O setor de bens de capital ainda não saiu da crise”, disse Nelson Deduque, diretor de mercado externo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

As empresas argumentam que importar uma linha de produção usada pode reduzir em até 80% o custo do investimento. Isso permite que companhias de médio e pequeno portes também aumentem a produção. “Saiu pela metade do preço. Gastamos US$ 500 mil em máquinas que valem US$ 1 milhão. Foi uma das principais razões da transferência”, disse a coordenadora de comércio exterior das Linhas Bonfio, Rita de Cássia Pereira. A companhia trouxe, em maio, uma linha de produção de fios têxteis. As máquinas pertenciam a uma fábrica desativada no Canadá .

A Bio Springer, fabricante de extrato proteico, composto utilizado em alimentos como macarrão instantâneo, trouxe uma nova linha de produção para o País, que aumentou em 30% a capacidade de sua planta. Segundo Antonio Panzionoto, diretor industrial, a centrífuga veio da República Tcheca e as outras máquinas, da França. “Eram máquinas do grupo. É mais barato do que comprar tudo de novo no Brasil.”

Também há casos de empresas que não atuavam no País e estão chegando por meio de transferência de plantas. A fabricante de móveis portuguesa Iduna vai trazer uma unidade de Braga para Cotia, na Grande São Paulo. “O potencial do mercado brasileiro é grande, mas para ser competitivo é preciso produzir aqui. Além disso, o impacto da crise foi mais violento na Europa”, disse o proprietário da empresa, Alberto Araújo.

Fonte: O Estado de São Paulo